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sábado, 5 de março de 2016

Em outras escritas, traço amores.
Nestas, porém, transbordo a alma.
Escreveria poesias, se soubesse.
Acontece que rimas não são meu forte, e não estou disposta a aprendê-las por você.
Transbordar e,
pela luz refletida na taça de vinho
fazer ficar.
Me desenhe e me transmita, transforme meu ombro em seu relento,
Me trace, me desarme. Seja a sombra que alivia o tórrido sol do meu verão.
Seja flor, seja calor, desarme e desmantele minhas dores e inseguranças.
Ignore a indecisão que me permeia e saiba lidar com as faces de mim, não tão belas, mas minhas.
Aprenda que amar não é fácil, mas que não amar é não viver.
A cada dia, aprende-se um tanto; amar também é, não obstante, construção.

Por um amor...

Por um amor que seja como vento
Calento
Intenso
Imenso.
Que não machuque e não fira
mas interfira,
modifique
intensifique.
Que não faça, de memórias, mágoas
Mas regue a alma
traga a calma
faça sorrir.