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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

You Are My Heaven


Muitos rezam para encontrar seu paraíso após a morte, um cantinho calmo e ensolarado no que creem ser a vida após a morte. Muitos encontram seu próprio paraíso, em extravagâncias, exageros, luxúrias, até perceberem que nunca foram felizes, afinal. Muitos nunca encontraram seu paraíso, nem nunca encontrarão. Eu faço parte daqueles que acham seu paraíso nos olhos de outra pessoa. Sim, sou parte dos apaixonados, daqueles que filosofam sobre a vida, sobre o amor, sobre os sentimentos... Sou parte daqueles que não precisam ir para longe para encontrar seu paraíso, a não ser que a pessoa que se tornou seu paraíso esteja longe de si.
Provavelmente, como eu, essas pessoas não acreditem que o paraíso se encontra em sua vida póstuma, que seja um local ensolarado ao cantar de pássaros ou um rio de leite e mel. Como eu, talvez acreditem que vivemos o paraíso aqui, agora, nos braços de quem amamos.
Na verdade, em sua maioria, esses são os mais felizes. O motivo é simples: eles vivem o hoje. Não medem suas ações à espera de uma entrada em algum paraíso póstumo, à espera de serem merecedores de tal dádiva, e também não passam seus dias sem esperança, acreditando no nada. Essas pessoas vivem o dia de hoje como se fosse o último de suas vidas. Talvez seja, afinal. Esses doam-se para o outro, sem pensar nas consequências. Tristemente, esses sejam, provavelmente, os que mais sofrem, pois parte do amor é o sofrimento, não é?
Enquanto todos debatem sobre onde encontrar o paraíso, enquanto alguns aguardam por ele ansiosamente, enquanto alguns nem imaginam algum dia encontrá-lo, eu contento-me em encontrar meu paraíso em seus olhos, me contento em saber que você é e sempre será meu paraíso.

Poucas Palavras


Sempre há momentos onde as palavras somem de sua mente, e tudo o que sobra são refugos, coisas insuficientes para explicar tudo o que você está sentindo ou o quanto precisa de ajuda. Algumas pessoas ainda entendem você, talvez até sem pronunciar uma só palavra. Mas e quando o mundo está lotado de pessoas que não compreendem nem uma das poucas palavras que ainda te restam? E quando você precisa muito dizer, mas não consegue achar maneiras adequadas para isso?
Para ajudar, as palavras que te restam muitas vezes enrolam-se em sua boca, prendem-se em sua garganta, simplesmente não saem. E deixam para trás um gosto amargo, quando finalmente o fazem.
Por que com algumas pessoas é muito fácil conversar, enquanto com outras as palavras simplesmente teimam em sair de maneira errônea? E o pior é que, depois que você fala algo, não há como voltar atrás, e também não há como prever os impactos que essa fala trará.
E mesmo assim, precisamos falar, não podemos ficar quietos, pois o silêncio nos mata por dentro. Talvez seja por que o silêncio é capaz de gritar as maiores verdades, aquelas que tentamos esconder de nós mesmos, talvez apenas pelo desconforto que o mesmo causa.
O fato é que guardar os sentimentos para você pode matar-te mais do que os impactos de expressá-los. Sim, pois somos como uma bomba: guardamos cada sentimento dentro de nossa alma, até que, algum dia, explodimos. Quando isso acontece, é desastroso o impacto que as palavras ditas podem causar.
O jeito é tentar expressar-se com suas poucas palavras restantes, tentar expressar-se por meios de outras formas... Escrever, quem sabe?
Talvez seja isso que fazem os grandes escritores serem grandes... ou não?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Três Segundos



Um dia a vida acaba. Deus, ou seja como for que você chame seu “ser superior” está sempre aqui para mostrar o quanto nossa vida é boa, e o quanto devemos agradecer por ela, mesmo com todas as dificuldades.
Hoje vi uma mulher tento sua vida tirada pelas frias mãos de um ganancioso, tudo por culpa do tão desejado dinheiro. Vi ela morrer, sem ao menos ter a chance de se defender. Eu vi o ódio, a ganância e a frieza presentes no som de uma bala de revólver. Eu vi a morte na imagem de um ladrão.
E o que vi hoje me fez pensar: como nos queixamos sem motivos. Todos temos problemas, e às vezes esses problemas superam nossa força de vencer. Mas será isso suficiente para fazer com que desistamos de tudo, inclusive da gratidão?
A cada três segundos, uma pessoa morre em algum lugar do mundo. E aí está o problema: nunca sabemos quando será o nosso terceiro segundo. Se essa mulher soubesse que aquele seria seu terceiro segundo, provavelmente ela tivesse se despedido de quem ama. Provavelmente ela teria dito “eu te amo”. Talvez ela tivesse faltado trabalho, apenas para observar o céu, para cheirar as flores. Talvez ela tivesse lembrado-se de viver um pouco mais, talvez ela tivesse parado para pensar em seus atos. Talvez ela tivesse redimido seus erros, relevado os erros dos outros, perdoado.
A lista de talvez é enorme e espantadora. Mas quem sabe não esteja na hora de despertarmos dessa nossa corrida contra o relógio e vivamos cada um dos “três segundos” de nossas vidas? Sim, por que se fizermos isso, nossa vida terá valido a pena, no fim de tudo. Teremos aproveitado mais, amado mais, vivido mais. Teremos tido a chance de perdoar a quem nos fez mau, a coragem para nos aventurarmos e esquecermos de nossos erros ou a audácia de discutir nossos ideais, sem aceitar todas as regras hediondas nos expostas dia após dia.
E assim, estaríamos felizes e preparados, para irmos tranquilamente quando nossos três segundos chegassem.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Medo


A porta se fecha, e ficamos trancados no nosso pequeno mundinho de insegurança. É tão ridículo o Modo como sentimos medo de tudo, até das coisas mais sem importância... Temos medo de tentar, pois corremos o risco de errar. Temos medo de falar, pois corremos o risco de sermos mal interpretados. Temos medo de levantarmos, pois corremos o risco de cair. Temos medo de sermos quem somos, pois corremos o risco de desagradar a algumas pessoas.
E assim, mais uma vez, nos escondemos debaixo de nossos cobertores, como crianças com medo de sombrar projetadas em sua parede por algo do lado de fora da janela. Escondemo-nos por baixo desse cobertor de insegurança, e fingimos que não estamos aí. Não nos arriscamos, pois se fizermos isso podemos fracassar.
Os dias passam, as coisas acontecem, e quando vemos, todos estão vivendo enquanto estamos amedrontados com a ideia de podermos vir a errar algum dia;
Mas o que é a vida, se não medo? E o que aprenderemos se não errarmos as vezes? Como viveremos nossa vida nos privando de qualquer situação preocupante?
E, afinal, por que temos medo de tudo? Se a vida é uma eterna aprendizagem, errar será completamente aceitável. Se a noite é só uma criança, ainda teremos muito tempo para atos e acertar. Se, então, a vida é cheia de altos e baixos, como quer chegar aos pontos altos dela sem ter que enfrentar as decidas?
Mas o medo nos cega, nos paralisa. Sentimos como se o medo fosse necessário, e o seguramos de forma protetora, até quando ele torna-se parte de nós mesmos. E então, passamos o resto da vida com medo de sair na rua sem um guarda-chuva por que corremos risco de chover de repente e estragar nossas roupas.
O medo é parte integrante de nossa vida, é algo ao qual não podemos fugir. Mas se, ao invés de usarmos esse medo para atrasar nossos passos, por que não usamos o mesmo como uma forma de impulsionarmos a nós mesmos?
Sim, por que se for para errar, erremos, só pela tentativa de acertar. Se for para tropeçar, torpecemos e até caímos, só pela felicidade de levantar. Se for para vivermos, vivamos, sem medo ou temor. Afinal, sempre há uma segunda chance para quem a merece.
A vida e o medo são ligados por um elo muito forte. Se for esperar esse elo ser quebrado para então viver, morrerá sem ao menos ter tentado.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Amar de Verdade


As pessoas se prendem a uma falsa imagem do amor. Prendem-se à doce ilusão do que ele deveria ser, dizem que amam alguém como se dissessem que amam chocolate ou refrigerante... E se não bastasse, eles dizem que amam alguém mais do que tudo, mas tudo o que demonstram nada mais é do que amarem fingir que amam, nesse cabo de guerra onde cada um precisa fingir mais do que outro.
Onde está a lógica disso tudo? Onde está a lógica de dizer que ama alguém, mas só mostrar a mais pura repulsa ou a mais pura falsidade? Onde está a lógica de iludir-se a quem supostamente se ama, só para dizer depois "eu a amei"?
E enquanto eu estou aqui, me perguntando onde está a lógica e os por que, alguém está iludindo ao outro, prendendo-se ao veneno que é o falso amar, prendendo-se à uma ilusão do  que é o amor e do que esse amor  representa para si.
Está na hora de repararmos que amar e gostar são duas coisas diferentes, de nos darmos conta de que apenas mentimos para nós mesmo sem motivo, que nos agarramos àquela ilusão de contos de fadas, onde existe o "felizes para sempre' que tanto almejamos, como o pote de ouro no fim do arco-íris.
Quem sabe, se pararmos de fingir que amamos alguém, quando na verdade só estamos nos iludindo e iludindo ao outro, menos corações despedacem-se?
Paremos de fingir que somos como Romeu e Julieta, se nada mais presenciamos do que aquela confusa cena de Sonhos de Uma Noite de Verão. Paremos de agir como dois amantes, quando somos nada mais do que dois fingidores, dois artistas de muito talento, mostrando-o todo um para o outro, tentando superar os demais...
Por que existem muitos profissionais na arte de amar. O que falta agora são péssimos mentirosos.

sábado, 3 de dezembro de 2011

E Eu Não me Reconheci


Hoje eu me olhei no espelho, mas não era eu mesma. Não, eu quase não me reconheci no mesmo.
Acho que com a correria da vida, acabamos por não repararmos na nossa própria evolução, no nosso próprio amadurecimento.
Hoje, quando olhei no espelho, não vi mais a menininha que eu sempre via. Vi, na verdade, uma pessoa madura, uma pessoa que precisa começar a lidar com as maiores responsabilidades da vida.
Como eu pude mudar tanto em tão pouco tempo? Ou será que eu levei muito tempo para mudar, mas não reparei pois estava muito ocupada olhando para coisas que não tinham a mínima importância?
Sendo como for, eu observei o mundo a minha volta, e não fui capaz, mesmo assim, de acompanhar meu próprio crescimento, meu amadurecimento. Hoje eu sou aquela garota no espelho, que tão me é estranha, aquela que eu quase não reconheço.
Será que, em meu interior, ainda me reconhecerei? Sim por que se não reconheço-me em minha própria imagem a refletir-se no espelho, serei eu capaz de reconhecer-me interiormente?
A resposta pode estar logo em minha frente, mas provavelmente não enxergarei, pois estarei, novamente, olhando para as coisas erradas, no momento errado, e deixando de reparar no que é realmente essencial.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Meu Vício


Algumas pessoas são viciadas em drogas, outras em bebidas, outras ainda em cigarros. Alguns são viciados em chocolate (não que eu não seja), refrigerante ou assistir televisão. Existem aqueles que são viciados em twitter, em facebook, em ouvir música alta... Eu sou viciada em escrever.
Escrever é uma arte onde você pode expressar tudo o que sente (e também o que não sente) em palavras. Escrever é uma daquelas coisas que você começa a fazer sem gostar. Você escreve sua primeira redação e acha que nunca vai gostar de escrever. Aí depois vem a segunda, a terceira... E você simplesmente não consegue mais parar.
Para mim, escrever passa uma sensação de leveza, como se eu finalmente pudesse expressar  que sinto sem ninguém me julgar por isso. As palavras tornaram-se como o abraço de um amigo. Elas me confortam, me fazem sentir bem...
Foi-se o tempo em que apenas algumas pessoas escreviam... Hoje em dia, para todo o lugar que você olhar, encontrará algum aspirante a escritor. E não, a pessoa não deixa de ser escritora por não ser conhecida. Escritor é aquele que escreve por que ama, não pelo reconhecimento.
Escrever tornou-se meu vício, e vem se tornando o vício de cada vez mais pessoas. A grande maioria nunca chegará a ser conhecido pelo que escreve. Mas o importante não é ser reconhecido, no final. O importante é alimentar esse vício, torná-lo cada vez mais parte da sua vida, até o dia em que, como eu, você não conseguirá mais parar.

Indecisão


Indecisão...
Em que se resume esse sentimento, que hoje povoa o mundo de uma maneira tão completa e definitiva? O mundo é uma constante indecisão, onde nossas opiniões e vontades mudam tanto quanto as fases da lua, se não mais do que elas. Não que a indecisão não tenha seu lado positivo, bem pelo contrário: a indecisão nos faz pensar mais sobre que decisões tomar, antes de realmente tomá-las.
Porém, essa mesma indecisão torna-se nociva quando constante demais. Você acaba tornando-se alguém sem opinião, sem poder de escolha. E em um mundo onde a indecisão supera o número de habitantes, devemos repensar nossos conceitos e tentarmos entender o motivo de tal indecisão.
Seria talvez o medo de errar? O medo de se arrepender por algo que fez? O medo de se arriscar?
Ou quem sabe, talvez, seria a insegurança por saber que, hoje em dia, as pessoas o julgam pelas decisões que você toma?
O fato é que a sua vida precisa de um rumo a tomar, e esse rumo só poderá ser definido se, pelo menos por alguns momentos, você deixar sua incerteza de lado e decidir o que quer para você mesmo.
Por que, no mundo de hoje, parece que a única decisão tomada sem incerteza foi a de ser indeciso.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Mudanças


Às vezes nos sentimos perdidos em um mundo tão estranho e desconhecido, que acabamos pensando em nós mesmos como extraterrestres perdidos em um planeta qualquer. Ok, essa comparação foi realmente ridícula. Mas o pior é que ela é verdadeira.
O tempo passa, as coisas mudam, nós olhamos pela janela e pensamos: como tudo mudou tão rápido, de maneira que eu nem ao menos ví isso acontecer? Como tudo pode parecer tão igual e tão diferente ao mesmo tempo?
Pois é, acabamos perdidos em nós mesmos, em nosso próprio mundo. As coisas mudaram e nós não fomos rápidos o suficiente para acompanhar. Nós fracassamos, sem nem ao menos tentar... É tipico do ser humano ser contraditório e errante, da sua própria maneira. é tipico dele ser desconexo e indeciso... E o mundo não espera pela nossa decisão. Ele simplesmente muda. Ou nos adaptamos às suas mudanças, ou vivemos o resto de nossos dias lamentando-nos pelo tempo perdido.
Sim, é exatamente assim que acontece. Nós esperamos que o mundo pare de girar, que o tempo pare de passar, apenas para esperar-nos, para esperar que nos decidamos. E quando isso não acontece, nos sentimos ludibriados pelo tempo. Em um piscar de olhos, a criança se tornou um adolescente, o adolescente um adulto, o adulto um idoso... e você ainda eperava que, depois de todo o tempo que perdeu com coisas fúteis, que tudo continuasse igual, que você e o mundo continuassem sendo os mesmos de antes.
Deixe eu lhe contar uma novidade: tudo muda. Nada é igual para sempre, nada congela no tempo apenas pela sua vontade. As coisas mudam, e se nós não vermos essa mudança, se não prestarmos a atenção em cada detalhe dela, talvez nunca mais o possamos fazer.
E nós gastamos todo nosso tempo com coisas sem a mínima importância, até o momento que não há mais tempo para ser gasto, e você percebe que nem ao menos viveu.
E então, você queria voltar no tempo e fazer tudo diferente, mas é impossível, por que agora tudo mudou.

domingo, 27 de novembro de 2011

Close Your Eyes...


Quando fechamos os olhos, muitas vezes, não o fazemos por querermos não enxergar algo, mas sim pela segurança que a escuridão nos passa sempre que fazemos isso. Quando fechamos os olhos e nos deparamos com a tão conhecida escuridão, podemos imaginar a realidade como nos convir, mais bela e colorida do que ela realmente é. Assim, ela deixa de ser a realidade e passa a ser apenas mais um de nossos devaneios. Mas convenhamos, é muito mais fácil encarar um devaneio qualquer do que encarar a realidade como ela é.
Sim, quando fechamos os olhos nos sentimos seguros e protegidos. Quando fechamos os olhos, podemos idealizar um cenário, o cenário que servirá para a peça de teatro que é a vida. Hoje, a vida nada mais é do que um grande teatro, com falas ensaiadas e uma ou outra coreografia perfeitamente pensada para que o resultado fosse satisfatório. Assim, não correríamos o risco de nos perdermos no meio do caminho. 
E se esses olhos fechados nos fizerem errar os passos, entretanto? Sim, por que só erramos algo quando estamos seguros deles. No momento em que não nos sentimos seguros perante algo, prestamos toda a atenção, para que tudo saia certo. A falsa sensação de segurança faz com que relaxemos e esqueçamos de nos preocuparmos com a perfeita execução da peça de teatro que é a vida, e assim, nós simplesmente erramos.
Ao invés de fechares seus olhos para idealizar algo falso, algo melhor do que é, feche seus olhos para achar uma solução para seus problemas. Assim, cada vez menos, precisará da sensação de segurança que a escuridão lhe causa, e fechar seus olhos passará a ser apenas uma atitude para deixar-lhe confortável com os seus problemas.

sábado, 26 de novembro de 2011

A Montanha Russa


Estou me sentindo em uma montanha-russa. A cada volta, parece que eu cairei, mas algo me segura. Então vem uma subida, e depois uma descida, e no fim eu já não sei mais o que está acontecendo, tudo parece confuso e frio. Pior é que eu me sinto presa entre o metal que me rodeia e o cinto de segurança, que mantem-me na agoniante situação de subidas e descidas, e uma vez que se está nela, não há escapatória: devemos ficar até o final da jornada. Nunca sabemos quando algo pode dar errado.
Mas diferente de uma montanha-russa, na vida nunca sabemos quando haverá outra descida, como se estivéssemos envoltos por uma nuvem negra e não pudéssemos enxergar mais do que um palmo a nossa frente. E quando a descida vem (e ela sempre vem), somos pegos de surpresa, e não temos onde nos segurar, por mais brusca que seja a mesma. quando ela vem, não há nada a se fazer se não rezar para que tudo dê certo.
Mas como é boa a sensação da subida, e principalmente, a sensação de se estar no topo. Nos sentimos grandes, intocáveis, inatingíveis. Isso afeta nosso ego, o alimenta, e nos faz querermos sempre mais. Como jogadores em um cassino, não desistimos enquanto estamos por cima, não paramos até começarmos a perder tudo que conquistamos.
E como sair dessa montanha-russa, se tudo na vida se resume a ela? Se tudo se resume a altos e baixos? Se nada na vida faz sentido sem isso e se os momentos bons não são tão bons se não forem antecedidos por outro ruim? Afinal, que graça haveria uma subida sem a adrenalina de sabermos que a qualquer momento pode haver uma descida e sem termos vivido uma vez sequer a sensação de estarmos por baixo?
Sim, a vida é como uma montanha-russa. E se é assim, então, devemos saber aproveitar cada pequeno momento enquanto estamos no topo, afinal nunca se sabe quando enfrentaremos outra descida e nos encontraremos por baixo novamente.

You made me feel


Eu sempre pensei que algumas pessoas não quisessem alguém para chamar de 'meu', mas sim alguém para completar o seu 'nós'. Sempre achei que algumas pessoas nasceram para doar-se a alguém, e por isso não conseguiam ser felizes sozinhos. Hoje eu provei que isso era verdade.
Provei, infelizmente, em minha própria pele. Provei vivendo, provei sentindo.
Você me mostrou o quanto é duro viver na pele daqueles que passam por isso a cada dia de suas vidas, e eu só queria poder voltar no tempo e jamais ter te conhecido.
Eu sempre fui tão independente, sempre me virei tão bem sozinha... Por que agora parece que sou eu quem precisa de alguém para completar o seu nós? Será mesmo que você tem essa capacidade de me fazer sentir incompleta, quando ninguém jamais o fez?
E eu preciso completar o meu 'nós', mas só você pode me ajudar a completá-lo, e sem você isso jamais acontecerá.
O tempo vai curar as feridas formadas com seu inconformismo e sua indiferença, isso eu tenho certeza. Só  me resta esperar e torcer...Torcer para que você não perceba que precisa de mim tarde demais para eu poder ajudar, torcendo para que eu não seja, afinal, a pessoa certa para completar o seu 'nós'.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Quando o Sol se Pôr...


O dia já está no fim. E quando acabar, o que faremos? O que faremos sabendo que tudo pode mudar de uma hora para a outra, e nós não temos nada a fazer a não ser nos adaptarmos? O que faremos quando percebermos que nada mais vai ser como era, e que teremos que aceitar as novas regras para o jogo da nossa vida? O que faremos quando percebermos que cruzar oceanos não será o suficiente para provar o quanto valeu a pena?
Será mesmo que, quando o sol se pôr, estaremos perdidos, nos afogando em um mar de lembranças do que já foi, ou pior, do que poderia ter sido? Será que seremos capazes de olhar para trás e não nos arrependermos de nada do que fizemos ou deixamos de fazer?
Sim, quando o sol se pôr, o dia terá acabado, e com ele as experiências. Só nos restará a sabedoria, só nos restará as coisas que aprendemos enquanto o sol ainda brilhava no céu.
E não nos arrependeremos de nada, se tivermos vivido esse dia como se fosse o último de nossas vidas.
E então cruzar oceanos não será mais necessário, pois saberemos que, por mais que as coisas sejam difíceis quando o sol nascer novamente, nós faremos como o dia seguinte: viveremos como se fosse o fim, até que o sol se ponha novamente.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Leave Out Our Dreams


Eu olho para as estrelas de uma noite qualquer e penso em quão tolos nós fomos. Podíamos ter tentado mais, não desistido tão fácil. Podíamos ter insistido. Mas não, não fizemos, talvez por que fosse mais fácil desistir.
Mas aí é que está o problema: São nossos sonhos! Pode até ser mais fácil desistir do que lutar, mas será que é o certo? Sim, por que talvez, só talvez, nossos sonhos sejam a única coisa que nos reste no fim do dia.
Por que desistimos tão fácil, afinal? O que nos levou a deixarmos de lado todas as nossas crenças, todos os nossos desejos e nossos devaneios, apenas pela falta de coragem de tentar novamente? O que nos levou a sermos tolos ao ponto de pensarmos que poderíamos viver sem um sonho?
Eu simplesmente não entendo, Talvez jamais vá entender, aliás. Mas de que me importa entender, se o mal já está feito? De que adiantaria entender os motivos se os fins já foram definidos?
Mesmo assim, espero que pensemos bem da próxima vez, espero que possamos refletir mais antes de tomar uma decisão como essa, antes de desistirmos de nossos sonhos por motivos toscos e inúteis.
Espero poder sonhar sem ser obrigada a desistir de meus sonhos, acima de tudo,

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

What Did You Say?


E mais uma vez, eu fiz de novo: ignorei o que você falou.
Não dei importância, achei que fosse besteira sua... mais uma vez, quebrei a cara. Ignorar-te é meu maior erro sempre. Se eu não te ignorasse, talvez as coisas fossem diferentes. Mas não, meu orgulho faz-me ser idiota e errar novamente. Será possível que eu não consiga pensar antes de agir?
Estou cansada de cometer os mesmos erros tolos e sem fundamento, apenas por que estou ocupada demais comigo mesma para prestar a atenção no mundo a minha volta.
Como bem dizem, quem está vendo a situação de fora dela sempre sabe melhor como agir. Então, por que eu nunca escuto o 'lado de fora' da minha situação? Por que sou tão precipitada ao ponto de agir sem nem ao menos refletir?
Ok, cá estou eu, queixando-me da situação, bem como da minha idiotice. Mas será que, da próxima vez, eu conseguirei fazer certo?
De nada serve chorar pelo leite derramado, todavia. O que passou, passou. O jeito agora é seguir em frente arrependendo-me de meus erros e torcer para que da próxima vez as coisas venham a acontecer de maneira diferente.

Ecos


Às vezes ouvimos ecos de nossos próprios pensamentos, ecos que não nos deixam dormir a noite ou nos fazem perder a linha de nossos pensamentos, e por isso tentamos apenas ignora-los. Mas você, por acaso, já pensou em parar para ouvir o que esses ecos tem a dizer?
Pense como eu: Por um lado, esses ecos podem estar nos prejudicando ou incomodando, mas por outro pode ser que eles estejam apenas tentando nos mostrar algo importante, algo que já sabemos há tempos, mas acabamos por ignorar, Deus sabe por que.
Quem sabe se você prestar a atenção nesses ecos apenas por uma vez, acabe por perceber o quão errado você foi, o quanto os demais tinham razão ou o quão estúpidas tem sido suas atitudes. Se isso acontecer, você saberá que tudo valeu a pena: as noites insones, os pensamentos perdidos, a confusão na sua mente... Tudo isso terá valido a pena se você apenas prestar a atenção nos ecos de sua mente apenas uma vez, e eles te mostrarem as coisas que você já deveria ter visto, as coisas que você tão ingenuamente ignorou,  como quando ignoramos a leve brisa de outono.
Ecos em nossa mente podem nos revelar coisas que façam a diferença na nossa vida. Pare e escute pelo menos por um instante. É bem mais fácil do que lutar contra eles pelo resto da vida.

Jogo de Fingir


Supervaloriza-se o talento.
Não, não todo o tipo de talento, mas sim o talento da atuação. e também não é qualquer tipo de atuação, porém a de fingir ser-se quem não é.
Por que, meu Deus, as pessoas tem que ser falsas? Qual é o grande impulso, a grande vantagem que encontram em mentir e omitir a verdade? Qual é o grande jogo ao qual cada vez mais a humanidade mistura-se, onde não se pode ser quem é, onde você burla seus gostos e seus valores, tudo para tornar-se alguém diferente e subir no conceito dos demais jogadores?
Sim, isso nada mais é do que um jogo, uma brincadeira de crianças onde você escolhe, planeja e esquematiza todo um personagem, e depois encorpora-o da melhor maneira possível, esperando convencer os demais de que esse personagem é quem você é, até o dito momento em que você abandonará o disfarce e mostrará quem realmente é, e torcerá insanamente para que seu verdadeiro eu machuque o outro, para que o outro jogador acabe se machucando. Isso, é claro, se ele não for mais rápido do que você, não acabe o ferindo primeiro, nessa corrida rumo à decepção.
De que adianta participar desse jogo se não pode-se jogar por si próprio, se deve-se incorporar um outro alguém?
Seria eu o único ser humano não interessado em participar desse joguinho de fingimentos e incorporações? Seria eu a única a não desejar ser quem não sou só para seguir essa modinha? Sim, por que ser falso tornou-se modinha de uns tempos para cá, convenhamos.
Esse jogo de fingir, essa brincadeira de atuar, não está perto do fim. Provavelmente ela apenas piore nos próximos anos, até que ninguém mais consiga conviver com a quantia enorme de sorrisos falsos e de amizades ainda mais falsas.
E eu espero não ser obrigada a enfrentar a crise de falsidade que está por vir a seguir.

A Verdade Sobre os Sonhos


Às vezes o destino nos abre portas
que jamais havíamos considerado que existissem.
Depois que isso acontece, você fica pensando
e descobre que esse sempre foi seu maior sonhos
mesmo que você não soubesse disso ainda.

É besteira dizer que essa porta ficará aberta para sempre
você tem uma chance, um curto período de tempo
para decidir entre se arriscar ou desistir.
Depois você descobre que é melhor se arrepender de ter feito e errado
do que de nunca ter tentado.

Talvez tudo aquilo, você perceba
você quis apenas por um pequeno intervalo de tempo
não foi o seu maior sonho, afinal.
Mas você pelo menos tentou, experimentou algo novo.
E é isso que importa, no fim do dia.

Paradoxo Da Vida


Perdemos nosso tempo tentando encontrar sentido nas coisas mais banais. Tentamos encontrar uma razão para tudo, e não descansamos até acreditarmos que encontramos a mesma. Mas não, nós não encontramos. Não encontramos e não encontraremos, simplesmente por que a vida é um paradoxo. Não há sentido nela, não há uma razão para as coisas acontecerem. Elas simplesmente acontecem, e nós temos que nos habituar a isso.
De que adianta gastarmos nosso tempo tentando encontrar a razão para as coisas da vida? Por que, ao invés disso, nós não apenas aceitamos e seguimos em frente?
O fato é que a vida não é nos dada para ser entendida, mas sim para ser vivida.
Para que gastar tempo tentando entender por que as coisas acontecem, quando podemos apenas apreciá-las, presenciá-las, vivê-las? Para que insistir em tentar encontrar um ‘Por Que’, quando sabemos que nunca encontraremos? Para que ficar insistindo no ‘E Se’ até que percebamos que vivemos por entre ‘E Foi’?
O importante da vida talvez não seja entender os meios, mas sim apreciar os resultados.