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domingo, 24 de março de 2013

Curiosidades

Queria saber o que se passa nesse seu coração saltitante em vida. Queria saber se você abre os olhos pela manhã e pensa na sorte que tem por mais um dia, em tudo que viverá, nas pessoas que cruzarão seu destino, quem sabe até para ficar. Acima de tudo, queria saber onde me encaixo em tudo isso.
Será que você gosta de café pela manhã? Tenho curiosidade em saber sobre suas manias, seus vícios, suas preferências e opiniões... sobre cada pequeno nuance que formam a pessoa maravilhosa que és. O que escuta, o que vê, a maneira como encara os problemas de sua vida, a maneira como enxerga o mundo ao seu redor... são coisas que me fascinam, me apaixonam, me seguram.

Dizem que quando a gente ama, quer saber de cada pequeno vício da pessoa, de cada pequeno detalhe sem importância. Então é isso! Quem sabe, eu te ame sem saber, e você seja mais importante para mim do que eu pensei que realmente era. Mas, de verdade, nesse momento nada disso importa. Pelo menos não até eu saber de cada coisa que se passa em seu coração. Inclusive sobre mim.
Pois sou curiosa por sentimentos. Curiosa por você.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Repentina Mutação

Me pego pensando em como funcionam as coisas entre nós. Cara, parece que se passaram anos desde que a gente se conhece, e sei lá, tudo é tão natural... natural demais. As brincadeiras já não são tão espontâneas ao ponto de nos fazer chorar de rir, os abraços já não tem mais aquela importância inicial, os assuntos tornaram-se tão corriqueiros que são quase dispensáveis... não sei se isso acontece o tempo todo, mas quanto tempo leva até isso simplesmente se tornar algo incomodativo? Quanto tempo demora para não sentirmos mais tudo aquilo que, a princípio, nos unia?
A verdade é que tenho medo. Medo do que há por vir. Sinto que nada mais é como era antes, e o perigo dessa afirmação está além das entrelinhas. É exposto ao mundo, em grandes letras cursivas. É superficial e notável para qualquer um, e eu não sou exceção.
Sei que se tudo mudar ao ponto de simplesmente não dar mais, se aquilo que anteriormente tivera importância já não tiver o mesmo valor... bem, fizemos tudo o que pudemos, nos esforçamos todo o possível, mas fomos vítimas de nós mesmos. E você bem sabe disso, sabe tanto quanto eu. Então simplesmente vamos. Partimos sem ressentimentos rumo ao incerto, por que é isso que todo mundo faz. E algum dia, quem sabe, tudo retorne novamente aos seus eixos iniciais... da maneira como sempre deveriam ter estado.

Tudo Que Quis

Bebi o último gole do meu café quente e olhei para a chuva por de fora da janela da sala de estar. Estou tão mudada que nem mais me reconheço. Sou apenas uma viajante em meu próprio mundo, uma telespectadora de minha própria história. Onde foi que eu me perdi, afinal?
Sinto falta do tempo em que ainda era uma pessoa gritante, alguém que realmente tinha voz, que não era só uma mobília em seus próprios cômodos. Saudades da época em que minhas atitudes mudavam algo, faziam alguma diferença. Hoje não passo de um ser inanimado em meu próprio conto de fadas.
Há dois anos, diria que tinha tudo o que queria. Conquistei tudo que idealizei, vivi tudo que sonhei, fiz tudo que um dia almejei. Mas o ser humano nunca se sente satisfeito, e uma hora ou outra, você para e olha para o que o futuro lhe reserva... e não vê nada. Nenhuma esperança, nenhuma novidade, nada com que sonhar, nada a desejar. Apenas o vácuo.
Queria eu poder voltar aos tempos em que tudo o que tinha não era o suficiente para ser tudo que sempre quis. Aqueles tempos, sabendo ou não, eram os melhores de toda a minha vida.
O ser humano não foi feito para ter tudo o que quer. Não quando isso significa não ter mais nada pelo que lutar.

Enquanto o Tempo Passa

O tempo passa devagar enquanto olhamos para as nuvens no céu e pensamos em como somos sortudos, ou azarados, enquanto nos lamentamos por não conseguirmos nada do que queremos ou nos culpamos por conseguir coisas demais.
O problema é que não importa o quão devagar o tempo passe, ele simplesmente passa. E uma hora, você se vê no limite, acabando com seu prazo de validade, e percebe que passou tanto tempo se lamentando, refletindo sobre coisas que não podia modificar, que deixou de mudar tudo aquilo que era mutável, deixou de viver tudo o que havia para ser vivido.
Agora pare para refletir: vale a pena ruminar o passado milhares de vezes e deixar de viver tudo que o presente te oferece como preparação para um futuro não tão distante? E fazendo isso, no futuro, o que haverá de realmente significativo em todo seu passado?

All Those Memories

Sentei naquele banco, aquele em que sempre sentava propositalmente - que era, afinal, no local por onde você passava todos os dias, sempre pontual - e esperei. Esperei por você, mesmo sabendo que não viria mais. Mesmo sabendo que nunca mais passaria por aquele local novamente.
Ainda me lembro da última vez. Aquele frio desgraçado, que me fazia tremer dos pés à cabeça, mas que não me impediu de te esperar de qualquer maneira. O cheiro de café quente vindo da cafeteria da esquina, me dizendo claramente para deixar de ser idiota e parar de esperar por alguém que jamais esperaria por mim, o nariz que começava a avermelhar na ponta graças à baixa temperatura. Ainda sinto o vento cortante daquele anoitecer de Julho, o momento em que começou a chuviscar e eu realmente achei que choveria... e me recusei a sair de lá.
Lembro-me de te ver passando por lá de mãos dadas com a sua namorada - e admito, não esperava por aquilo, por aquela facada no meu coração - rindo e se abraçando, rumo à mesma cafeteria que tanto me tentava. Sua cafeteria favorita. Lembro-me da maneira como me olhou, como me viu chorar, e por um segundo, vi compreensão em seu olhar. Mas você não parou. Seguiu adiante junto com a garota da sua vida.
Hoje já nem sei mais por que voltei aqui. Quem sabe a esperança de que, dessa vez, quando te visse passar novamente com a sua garota, realmente me satisfizesse, percebesse que você a ama e largasse de mão. Ou talvez quisesse que você sorrisse para mim ao passar e dissesse "Eu sempre te amei, mesmo enquanto estava com ela". Não creio em nenhuma dessas hipóteses. Para mim, aquela foi a confirmação de que você não estava mais lá.
Você seguiu em frente. Quem sabe não fosse, finalmente, a minha vez de fazer o mesmo?

Definição de Amor

As pessoas tentam descrever o amor. A verdade é que eu não me sinto preparada para isso. Na verdade, todas as tentativas não passam disso: meras tentativas sem nenhuma definição real para esse sentimento, que nada mais é que algo simplesmente indescritível.
Todos gostam de se iludir, pensar que conhecem o amor, que já amaram verdadeiramente e com todas as suas forças. Claro, é muito mais seguro colocar-se em uma situação cujo mediador você já conhece, na verdade. Mas como ter certeza de que você realmente sabe o que significa amar alguém? Como sabe que seu próximo amor não será maior que esse, e assim consecutivamente?
Então não, não quero tentar definir o amor. Não sou tão louca a esse ponto. Quero apenas ter a chance de vivê-lo intensamente enquanto ainda é tempo, aproveitar todas as surpresas que possam surgir com ele e, quem sabe, poder algum dia dizer que cheguei pelo menos perto de entender tudo aquilo que ele significa.
Sonhar não custa, afinal.

Nuances

O jeito como me olha, a maneira como ri, como nossos olhares se encontram insistentemente... o jeito como não consigo ser discreta ao teu redor e como cada nuance teu me fascina. Há certas coisas que duram tempo suficiente em tão pouco tempo, momentos em que sabemos que aquilo sempre esteve predestinado a nós. E os momentos em que estou próxima a ti... bem, é assim que me sinto.
Teus olhares... teus olhares me fascinam. A maneira como você consegue ser mais maduro que os demais, como consegue sorrir o tempo todo, como se foca em coisas que geralmente não te chamariam a mínima atenção... a maneira como, principalmente, sinto-me tendo uma chance ao teu lado. Essas pequenas coisas formam um conjunto, o NOSSO conjunto. O conjunto de coisas que podemos ter juntos, se quisermos.
Bem, sei que essas coisas podem ser perigosas, e que esse negócio de "esperança" nunca deu certo para mim, mas sabe o que dizem de escritores: não aprendemos nos primeiros erros, por que sabemos que por trás de cada erro há um pinguinho de vitória, de acerto.
Então mantenho, por ora, as mais novas esperanças em meu ser. Quem sabe dessa vez eu não acerto, afinal?

terça-feira, 5 de março de 2013

Sorrir Para o Sol

Sorrio para o sol, por que ele me lembra o brilho do seu olhar, as coisas que a vida não pode te trazer com dinheiro, mas com memórias e com a superação do medo de errar. Aquilo tudo que está estampado em nossas caras, os risos até doer a barriga, chorar vendo um filme bobo e tirar onda um do outro depois, rir da cara um do outro quando nosso desastre é maior que nós mesmos, sermos felizes ao pôr do sol, sermos idiotas juntos.
Sorrio para o sol, por que ele me lembra tudo que um dia já me teve valor, e tudo aquilo que eu sempre quis lembrar. Todos os motivos que já me fizeram sorrir, vidências concretizadas, vitórias que nem eu mesma esperava ter... os momentos, ah, esses momentos que não podem ser esquecidos.
E enquanto, em meio a esse sorriso, a luz do sol suavemente banha a pele de meu rosto, lembro das carícias, dos carinhos, dos amigos que jamais deixei para trás. E por um segundo, tenho medo do que há por vir, de perder tudo aquilo pelo que tanto lutei. E mesmo assim, não paro de sorrir, por que isso significaria abrir mão de todos os próximos sorrisos que um dia darei.
Sorrio para o sol, por que a luz do sol será a responsável por iluminar todos os meus próximos sorrisos. E todos os motivos pelos quais sorrirei no futuro e em tudo que ele me reserva.

Casar Dualidades

Acordei sentindo o suave badalar da vida que me aguarda de fora dos portões de minha mente, a suave brisa de verão a bater em meus cabelos justamente no meio do inverno. Que estranha essa sensação de euforia ao lembrar de suas feições, das vezes em que te olhei e, curiosamente, te peguei encarando-me divertido. Ah, essa sensação... Eu poderia casar com essa sensação.
Uma boa ideia! Casamento! Casando meu all star cinza com seu nike preto e branco, casando meu gosto musical americano com o seu tipicamente brasileiro, casando meus gostos pela escrita com os seus por futebol. Casar as diferenças, as distinções. Os detalhes nossos que ninguém pode copiar, os opostos que nos atraem. Sua beleza e a falta da minha, seu silêncio e meu eterno papear sem sentido, seu violão e a minha voz, seus lábios e os meus. Casar os sonhos. Casar sua Publicidade com a minha Licenciatura Plena em Inglês, seu amor por matemática e meu ódio por ela. Casar nossos futuros, nossos destinos, nossos planos.
Queria poder achar um carrossel e ficar nas subidas e descidas pelo resto de meus dias, vendo-te sorrir para mim, embalada por uma música suave a vibrar em meus ouvidos, pelas gaivotas a entoar seu canto por nós, ou quem sabe até para nós. Um entoar dedicado ao amor, à amizade, aos sorrisos que se formariam a cada novo amanhecer.
Quem sabe um dia, my darling, quem sabe um dia... tudo aquilo que eu queria, todos os casamentos, os casados de nosso "Always and Forever", casados do nosso "Amanhã Quem Sabe"... Quem sabe algum dia isso aconteça, e então eu possa dizer que sonhar não é em vão. Dias melhores virão. E esses dias são sobre nós.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Mesmos Erros

Tenho medo de que você se torne um vício, uma obsessão. Me conheço bem demais para saber que tudo se encaminha a esse ponto. E é demais para mim pensar que, esse ano, possa passar novamente por tudo que passei da última vez. A pergunta é: por que, depois de tanto, eu não consigo aprender?
Não quero ser outra daquelas que se queixa de seus erros, mas os repete assim que tem chances. Quero ser capaz de dizer que aprendi, cresci e não sou mais uma criança tola, e que cada erro me serve para que não haja um próximo. E como farei, se em cada pedra que piso, consigo alcançar a rachadura?
Meu problema é não tentar, ou é tentar demais. É não querer, ou querer demais. É mentir, é esconder, é viver nas sombras de algo que não sou eu. Meu erro é acabar um passo em falso dizendo que não o cometerei novamente, e em cinco minutos, perceber que foi exatamente o que eu fiz.
Quem sabe algum dia eu aprenda. Quem sabe não. Mas do futuro... bem, do futuro ninguém intende, ele é aquela eterna incógnita no infinito de nosso desconhecer, e entre desconhecer-se e desconhecer o caminho que trilhamos, ninguém pode afirmar nada com certeza. E quem seria eu para, mais uma vez, afirmar convicta que não cometerei mais esse erro?
No final, eu sei, sempre haverá uma outra vez.