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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Luto por 245 Anjos.

Se eu acho 245 pessoas um grande número? Depende. Se se tratar de uma manifestação pelo meio ambiente, um protesto para melhora das rodovias, um movimento anti violência doméstica ou mesmo uma festa, não. Se se tratar de número de mortos em uma tragédia na madrugada de um domingo que deveria ser absolutamente normal, a faceta muda.
Esse post vai diferente dos demais. Sem foto. Sem glamour. Sem sentimentalismo ou figuras de linguagem representando amores ou felicidades. Vai nu, cru, frio como uma navalha. Por que é assim que eu me sinto vendo as dimensões que algo tão sério pode tomar.
Essa frieza nem é tanto frieza. É descrença, desapontamento. Por que vivo num país onde é mais importante pagar uma comanda que sair com vida de uma boate. Num país onde vejo mais compaixão nos olhos de estrangeiros que dos próprios conterrâneos. Onde piadas sobre a morte de seres humanos são engraçadas.
Então é isso. Hoje meu post vai sem nenhuma imagem, em "letras pretas" e em prestação de luto. Luto pelos que morreram, pelos que ficaram. E luto também pelos que, depois de tudo isso, não tiraram uma lição e não aprenderam a aproveitar a vida que tem. Essas pessoas, afinal, saíram de casa sem saber que não retornariam. Quantas vezes você já saiu de casa sem dar-se conta de que poderia não voltar?
Considerem-se sortudos. Dessa vez não foram vocês, não fui eu. Agora, quantos de nós terão de morrer para percebermos o quão valiosa e abençoada é a vida que temos, o quão importante é cada respirar nosso?
Eu juro que não quero descobrir.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Boas Vindas, 2013!

E agora é, realmente, a virada.
Espero que não só a virada de ano, mas de vida, de crenças, de ideais. A minha virada. A virada de tudo que eu acreditei ser certo, de tudo pelo qual lutei.
Esse ano, quero fazer diferente. Sei que já disso isso muitas vezes antes, e sei que ainda direi muitas vezes mais, mas preciso repetir. Simplesmente por que dizer isso me dá forças para encarar o que quer que seja. E força é algo que realmente precisa permanecer comigo.
Quero ser mais eu, quero parar de mentir, quero ser feliz, realizar sonhos, e para variar um pouco, conseguir algo que eu desejo. Sentir-me bem comigo mesma, ser dona do meu destino, fazer alguém sorrir. São tantas coisas que eu quero para esse novo ano, tantas coisas que me passarão pela cabeça quando os fogos estiverem a iluminar o céu nesse exato momento... Vou tentar de novo, mais uma vez, cumprir, em 365 dias, tudo aquilo que prometi em alguns poucos minutos de devaneio, embriagada com a beleza dos lindos desenhos de luzes multi colores a formarem-se na escuridão do infinito.
Acho que, afinal, eu só quero ser feliz sem medidas, sorrir cada dia mais, lembrar cada vez mais, me deter cada dia menos. Quero um pouquinho daquela vida de filmes, onde tudo é maravilhoso e encantador, e o céu é mesmo menor que nossos limites.
E agora 2012 já terminou. Que seja, então, bem vindo o 2013 que tanto temi, que tanto desejei. Ano de mudanças, de modificações.
E é essa palavra que regerá esse meu ano. Modificação. De tudo que, por tanto tempo, eu quis fugir.
Modificação do que está por dentro de mim.
Modificação do que eu, por tanto tempo, julguei ser eu.