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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Por Onde Começar

Eu só preciso achar a palavra certa. Aquela que vai desencadear todas as outras. Aquela que vai fazer surgir aquilo tudo preso em minha garganta, impedindo essa dor de partir. Preciso saber por onde começar.
É fácil demais encontrar apoio na escrita. Difícil é quando esse apoio não é suficiente para suprir a necessidade que tu tem de gritar a plenos pulmões em meio à madrugada, gritar um nada, coisa alguma, sem nada para realmente ser dito. Apenas gritar, para ver se desabafa um pouco do peso que te aflige, te enverga, de derruba.
Preciso achar a palavra certa. Senão, vou acabar explodindo aqui. Explodindo tudo que eu, por tanto tempo, mantive dentro de mim. Tudo o que eu mais tentei enterrar.

Quais Serão as Mudanças?

E, de repente, eu fiquei com medo de 2013. Completamente apavorada.
Não do que estava por vir. Eu até esperava por tudo aquilo, desejava do fundo do meu coração. Meu medo era de tudo que eu deixaria para trás, cada detalhe, cada nuance. Medo de perder as pessoas que eu amo, medo das mudanças que estão por vir, de tudo, de todos. Do futuro, e do que ele me guarda.
Não que 2012 tenha sido um ano perfeito, muito longe disso. Mas o medo de que o ano que está por vir não seja como eu espero, que seja uma cópia sem sentido desse ano que está terminando, que nada valha a pena. Medo de que nada mude.
Só não quero perder quem faz parte da minha vida, não quero que, mais uma vez, as pessoas mudem e se afastem de mim, que eu comece o ano como um novo tipo de coração partido. Sabe, é sempre difícil demais.
E ao mesmo tempo que eu queria poder olhar para as estrelas à exata meia noite e desejar que tudo continuasse exatamente igual, sei que isso não é o que eu quero para mim. Mas temo a mudança, como uma criança a temer a escuridão. A temo, por que nada nunca mudou para melhor na minha vida. E eu sei que esse tipo de mudança é quase como uma lenda. E não quero viver de lendas.
2013, por favor, não seja para mim mais um fantasma que eu quererei esquecer. Apenas venha, e se não for para melhor, não me marque. Já chega de cicatrizes em mim.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Lágrimas Pesam


Sigo meus instintos, minhas manhas, meus sonhos. Sei lá, sigo cegamente, por que não sei para onde ir.
Acredito que você jamais tenha me visto chorar. Não queira ver. Simplesmente por que não há nada de belo em ver uma garota chorar por você, sofrer por você. Principalmente se você não entende o por que. Se você não entende, é por que não sente por ela o que ela sente por você. É tudo questão de reciprocidade.
Então não queira me ver chorar. Não queira ter em mente a imagem da garota frágil e destruída na qual eu me transformei, tudo por você. Tudo pela pessoa que você se tornou, que eu me tornei, que é permanente, ininterrupta.
Se planeja sair da minha vida, faz isso agora, antes de ver meu sofrimento, antes de ver a dor em meus olhos. Você não vai querer isso, e eu também não  quero para você. Não quero que leve para o resto da vida o peso de minhas lágrimas, a minha imagem desmoronando infectando seus pensamentos, atrapalhando o seu sono, destruindo os seus sonhos. E mesmo que não ligue pra mim, e você não liga, sei que isso vai acontecer, sei que, lá no fundo, a imagem do eterno desgosto no qual você me transformou ficará, no seu subconsciente, te assombrando.
Então não queira me ver chorar, enquanto tateio as paredes do meu quarto, às cegas, pois você e esse sentimento por você que meu coração teima em manter me cegaram, me perderam, me transformaram em uma eterna deslocada. Não queira ver minha dor. Não quero que se transforme em dor também para você.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Três Dias

Três dias. Três dias, e aí você se vai. E cada segundo mais, me agarro à parte de mim que está em suas mãos, querendo evitar que ela se vá com você. Como se isso fosse possível, de qualquer maneira.
Sei lá, está cada vez mais impossível fingir, mentir para mim e tentar crer que não é o fim. É claro que é o fim. Só que eu não consigo me desapegar.
Três dias é todo o tempo que eu tenho para te tirar da cabeça e arranjar uma maneira de suprir a falta que me faz. Senão, como viverei a partir do momento em que o adeus for definitivo?
Só queria ter você ao meu lado, para me dar a mão e me ensinar como lidar com essa situação. Você bem que poderia me ajudar, não é? Bem que poderia esforçar-se para me fazer sofrer um pouco menos... ou você poderia ficar.
E enquanto esses três dias não terminam, viverei uma vida toda neles, e mentirei, me iludirei, farei com que eu pense que eles durarão a eternidade. É muito mais fácil assim. 

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

E É o Final

Quatro dias. Quatro dias, e aí tudo muda, tudo acaba. Exatamente da maneira como começou: no nada.
É isso que me leva a crer que meu coração foi feito para sofrer, feito para partir-se em mil pedaços, não importa a versão da história. Por que fui eu quem me iludi, o tempo todo. Criei expectativas, dei com a cara na parede, fui idiota... Sim, foi minha culpa esse tempo todo.
E o pior é que eu ainda desejo que tudo dê certo. Quatro dias antes do final definitivo, e eu ainda quero que tudo funcione, que milagrosamente, você perceba que foi tudo o que eu sempre quis.
Depois desses dias, depois do término disso tudo, não te verei mais. Talvez cruze com você numa rua qualquer, ou talvez nem venha mais a te ver. De qualquer maneira, sei que daqui a alguns meses, terei superado essa história e aprendido a viver com a sua ausência. Quem sabe, daqui a, sei lá, seis meses, eu nem mais me lembre de você mais que eventualmente. Quem sabe você não venha a passar de uma lembrança dos meus tempos de boba iludida. Mas se eu te encontrar, não importa quanto tempo se passe, não importa aonde seja ou com quem eu esteja, sei que vou sorrir. Sei disso por que sempre foi assim, mesmo antes de toda essa confusão mental começar. Eu te olhava e sorria. Sempre sorri com sua doçura, com seu sorriso, com a capacidade que você tem de me fazer vibrar por dentro. E não acho que algo que nasceu assim, tão primitivo e tão sem sentimento, possa se esvair completamente com o tempo.
Então espero que quando tudo acabar, feche os olhos e pense que teve, durante tanto tempo, alguém que sempre te quis, mesmo sabendo que nada jamais seria do jeito que ela queria. Alguém que sempre esteve disposta a estar ao seu lado, mesmo que você jamais venha a saber disso.
E perceba que eu sei de você, te conheço nos mínimos detalhes. O que você sabe sobre mim?

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Eu Nos Destruí

Não sei como fiz, mas fiz. De qualquer maneira, cá estou eu, por entre lágrimas, tentando explicar como consegui perder a minha melhor amiga por uma besteira qualquer. Juro que tentei abrir meu coração de todas as outras maneiras, mas jamais conseguiria... é só aqui, no meu blog, ou aí, com você... só me restou, então, meu diário, meu amigo, meu querido blog.
Espero que seja suficiente. Provavelmente não, provavelmente nada jamais venha a ser suficiente... mas é a vida. Tudo o que fazemos, toda a ação, como você mesma disse, tem uma reação, e seja ela boa ou ruim, temos que arcar com ela, afinal, é a consequência dos nossos atos. E cá estou eu, arcando com a minha. Sabe-se lá por quanto tempo.
Para começar, não estou fazendo isso para pedir perdão, por que sei que o que fiz é imperdoável. Duvidei da coisa mais pura que já existiu em minha vida, da coisa menos duvidável: nossa amizade. Jamais poderia me desculpar por isso, e não pediria o mesmo de ti. Só quero que entendas. Entendas por que tudo aconteceu, entendas o que me levou até aqui e nos colocou nessa situação tão errônea. E, se Deus quiser, minha mente também virá a ajeitar-se quando eu o fizer.
Tudo começou com ciúmes. Sim, eu tinha e ainda tenho ciúmes de você, nunca escondi de ninguém. Cara, tu é minha irmã, tu é meu mundo, e eu não estou, nem jamais estarei, pronta para te dividir com mais ninguém que possa ocupar o meu espaço, ou, na verdade, o espaço que deixei vago aí. Ciúmes daquela menina que roubou meu "amucê" e dedicou só a ti. Ciúmes de cada pobre alma que se aproximava de ti. Não que eu queira de privar de ter amigos, não posso ter alguém tão maravilhoso só para mim... é só que sei lá, faz parte de quem eu sou. Não havia como evitar.
E então, vieram os problemas. Minha cabeça começou a girar, começou a dar pane, e eu enfrentei muita coisa, coisas que eu contaria para você e só para você, se as coisas fossem como antes de eu estragar tudo. E a cada novo problema, a cada novo estresse, eu te via mais feliz, e pensava que, assim que eu superasse tudo sozinha, ia poder fazer parte da sua felicidade. Eu não contava com o fato de não conseguir superar sozinha, de demorar tanto... e toda a vez que eu falava contigo, as raras vezes que eu me dava ao luxo de tal, só conseguia pensar em como eu queria que tu fosse feliz, e como seria injusto despejar meus problemas sobre ti, ou sobre qualquer um. Mas, principalmente, sobre você, meu anjo.
Hoje vejo como fui boba, todas as vezes que quis falar e não falei, todas as vezes que sofri em silêncio quando podia, simplesmente, ter corrido para você. E pensar que, por tantas vezes, você me disse para contar contigo sempre... cara, como pude ser tão idiota?
Mas apesar de tudo, acha mesmo que houve um dia sequer que eu não sentisse falta de você ao meu lado? Acha que, durante todo esse tempo, não visitei tuas redes sociais, não segui teus passos? Sabe quantas vezes eu escrevi para você e deletei segundos antes de enviar? Tudo isso por que eu não queria estragar a felicidade que você sentia. Não seria forte a esse ponto.
Por nenhum segundo dei-me conta de que você podia estar precisando de mim também. Me tranquei em meu mundinho de problemas e deixei de cumprir com a minha parte do trato, com todas as vezes que te disse "conta comigo sempre, sis'.". Fui uma péssima amiga. Hoje vejo isso. Antes, só me parecia o certo a fazer.
Sinto muito, meu anjo. Você não sabe quanto. Já te disse milhares de vezes e repito: se eu pudesse fazer tudo de novo, certo dessa vez, faria. Mas não dá, o que foi feito, foi feito. O que resta agora é tentar juntar os cacos, tentar montar o quebra cabeças e contentar-se com as peças faltantes. Afinal, tudo o que fazemos deixa marcas, arranhões. É difícil admitir que as marcas dos meus atos foram grandes o suficiente, profundas demais para serem reparadas.
E é por tudo isso que, se esses fossem meus últimos momentos, se fossem meus últimos suspiros, não esperaria de ti que me perdoasse, nem seria capaz de pedir. Na verdade, não quero que diga que me perdoa, por que enquanto disseres, eu saberei que não é verdade. Saberei que nada foi superado. A única coisa que pediria era que tu soubesses que eu realmente amo você, cada detalhe, e que o que fiz com a nossa amizade foi, provavelmente, a coisa mais estúpida e sofrida que já fiz em toda a minha vida.
Por isso, se nada voltar a ser como era antes, quero que saiba que estarei sempre velando por você, observando a tua felicidade, sendo feliz com cada uma de tuas vitórias, mesmo que de longe. Por que você é meu anjo, e não importa o quanto tudo mude, isso jamais mudará. Estarei sempre por perto... mesmo que seja escondida na distância.
Eu causei tudo isso. Agora sei. Mas nada jamais me impedirá de te amar como a uma irmã. Para mim, você jamais deixará de ser minha Sweet Sister. E algum dia, quem sabe, eu volte a ser digna de ser chamada de Heart Sister.
Sonhar não custa. Deixa tudo mais fácil de se superar. Alivia um pouco a dor.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Na Varanda

Todos tem um lugar no mundo que lhes parece o céu. Para mim, é a varanda de minha casa. Na verdade, enquanto coloco esse texto em palavras, é exatamente aonde estou.
O lugar é simplesmente majestoso. Moro em um local ainda retirado, onde, enquanto você caminha pelas ruas pouco movimentadas, pode ver nos terrenos baldios animas como vacas, cavalos e ovelhas. Ainda pode-se ouvir o som dos pássaros cantando e das folhas das árvores copadas batendo umas nas outras. Você senta na varanda, coloca os pés em cima do corrimão e observa a natureza em sua melhor forma.
Claro que tenho vizinhos, que as vezes gritam uns com os outros, fazem barulho e põe música alta, o que, por muitas vezes, me irrita. Mas, na maior parte do tempo, você pode apenas desfrutar do silêncio campestre, do cheiro de flores, enquanto sente o vento levemente bater na sua pele, lê um livro ou, se tem uma alma mais poética apaixonada como eu, senta-se com o notebook no colo e escreve até que o sol se ponha por entre as copas das árvores.
Sei que muitos adolescentes diriam "Nossa, que chato.", e sei também que, em 95% das vezes, pareço ter mais que meus doces 17 anos. Mas quem sabe eu faça mesmo esse estilo mais campeiro, daqueles em que você pode sentar-se do lado de fora de casa, acompanhar de perto o pôr-do-sol e saber que esteve, durante todo esse tempo, respirando o ar mais puro possível, sem a poluição de chaminés industriais e buzinas de carros para todos os lados.
É, quem sabe minha varanda seja o paraíso mesmo. Ou quem sabe seja apenas parte de mim.
A garota interiorana de meros 17 anos.

Dear Heart

Querido coração.
Você podia parar de doer por um segundo apenas? Seria bom ter um instante para pensar racionalmente. Dizem que a razão é a maior inimiga dos apaixonados incorrigíveis, mas mesmo assim, ela deve servir de algo, provavelmente seja minha única salvação.
Queria que, pelo menos uma vez, você batesse por alguém cujo coração também bate por mim. Mais fácil, menos doloroso... tudo o que eu podia pedir. Pelo menos ia doer menos, machucar menos.
Pense pelo lado positivo, coração: você não vai se ferir tanto, vai aprender a ser forte, a parar de apanhar sempre, a cada nova partida. Você vai se habituar à dor, até que ela não exista mais. Não seria magnífico?
Mas querido coração, prometa não parar de bater, prometa permanecer firme, batendo por mim, enquanto outra pessoa, alguém que o mereça torne-se o motivo de suas batidas. Quem sabe, então, a dor suma, e só restem as flores de primavera.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Eu Mudei

E esse nó entalado em minha garganta? E essa dor da qual eu tento fugir a qualquer custo? O que significa tudo isso na minha vida? Aliás, o que eu significo na minha vida, afinal? Queria apenas ter alguma certeza na qual me apoiar, algo mais concreto e saudável que silêncio, café e palavras. Queria uma fuga, um escape, férias do mundo.
E aquele café amargo, forte como a minha máscara de contentamento, continua ali, em cima da mesa, esfriando lentamente. Aquele livro que eu tanto queria ler continua de páginas fechadas, esquecido naquele canto empoeirado. Aquela história que eu havia começado a escrever nunca mais foi terminada, e agora está esquecida em algum canto escuro e abandonado do meu computador. Tudo isso por que, sem minha fuga, sem esse escape que eu tanto necessito, não sou ninguém. Não tenho forças, não sou eu mesma. Abandono-me por completo, pois já não sou eu, mas uma parte desconhecida e estranha de o que eu costumava a fazer.
Reparou no efeito que tem sobre mim? Justo eu, havia prometido a mim mesma jamais mudar, jamais esquecer de quem sou, agora jogo-me aos cantos e deixo minha vida no piloto automático, à Deus dará, para que o destino se encarregue de mover meus pés. Justo eu, que julguei jamais acreditar em destino.
Sim, o efeito foi devastador. Toda a dor, toda a angústia, sempre culmina nesse mesmo ponto. Algum dia eu provavelmente me levante. Vou me reerguendo aos poucos, juntando cada pequena peça da pessoa que eu costumava ser, e simultaneamente, montando-as como um quebra-cabeças. Sei que jamais serei inteira e completa novamente, que jamais voltarei a ser a antiga garota que costumava te olhar nos olhos e dizer que você era a sua força.
Há coisas na vida que não têm volta, que acontecem e são definitivas. Por mais que eu queira acreditar que exista escapatória para tudo isso, sei que não. No fundo, sou uma pessoa diferente agora, alguém que jamais conheceu a pessoa que eu era antes. Não me reconheço no espelho, não reconheço minha própria vida.
Só queria poder mentir para mim mesma e dizer que, em algum momento, isso será bom.
Eu sei que não será.

Fuga

Queria apenas um sorriso. Um sorriso sincero, para me mostrar que não é o fim, que depois de toda essa tempestade ainda existirá o sol, e que os raios vão me iluminar sempre.
A música me embala, inebria meus pensamentos, deixa nublado tudo o que eu não quero que seja nítido. Essa é a sua função, afinal, enquanto eu choro por algo que nem deveria ter importância, a melodia continua a carregar-me ao desabafo, ao meu mundo de fuga e esconderijo.
Eu acho asilo nas palavras. Sempre foi assim, e provavelmente sempre será. Se não posso chorar em frente aos outros, choro em frente a um computador, digitando freneticamente coisas sem sentido, um amontoado de palavras desconexas, que só fazem sentido para mim, afinal sou a única que sabe o que se passa dentro de mim.
Até quando vou poder me esconder por trás da fachada de garota feliz? Eu não sei, e tenho medo de descobrir. Não quero ter que sair das sombras e me jogar na luz, pôr minha cara à tapa. Não tenho tanta coragem, e quem sabe no fundo, seja apenas mais uma garota tímida e covarde, escondendo-se por trás daquilo que nunca irá julgá-la, que nunca irá dizer que ela errou por não tentar acertar: ela mesma.
E enquanto as sombras me carregam para lugar nenhum, enquanto só tenho as palavras por mim, tudo o que eu desejo é um sorriso. Um sorriso para me mostrar que sempre há uma maneira de acertar o que parece ter sido torto desde o início.
Afinal, nada é imutável. Pelo menos eu espero que não.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Borboleta

Cansei de ser apenas a menina a olhar-te distante. Queria saber se tenho chances, queria ter a certeza de que o que eu sinto não é apenas uma ilusão idiota e insana. Apesar disso, continuo, como as borboletas, a voar de um lado para o outro, sem realmente achar meu rumo, meu destino. Rondando-te, rodeando-te, assim como rodearia uma flor.
Sei que é infantil, até um pouco surreal, tudo isso que eu sinto. Mas o coração bate, o sentimento pulsa, e de qualquer maneira, infantil ou não, imaturo ou não, eu continuo respirando cada dia mais por você, e só por você, por que acredito que morreria se não o fizesse.
E enquanto teu olhar continuar me possuindo, enquanto tuas graças não forem minhas, mas eu permaneça sendo delas, continuarei sendo essa borboleta sem rumo, essa alma sem um final... apenas esperando, respirando e vivendo dia após dia.
Quem sabe, seja só o que eu possa fazer, no final.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O Caminho do Meio

Siga sempre o caminho do meio, prega a filosofia budista. Me parece, simplesmente, tão certo, tão adequado... como se fosse o correto a se fazer, o correto a se seguir.
Siga sempre o caminho do meio. O caminho das escolhas erradas, dos aprendizados, do saber dizer não, da bondade para dizer sim, do cantar, gritar e silenciar-se, do ouvir mais que falar, do não deixar calar-te tua voz, do ser, do ter, tudo na medida correta. Não ser totalmente bom, nem totalmente mau. Não ser extremamente rico, nem extremamente pobre. Não ser convencido ao máximo, mas também deixar de lado um pouquinho da humildade. Não pisar nos outros, mas não deixar-se pisar.
Por que isso me parece o mais correto a se fazer? De alguma maneira, se parar e pensar, perceberá que não há vantagem nenhuma em ser completamente bom, como não há vantagens no contrário. Se for bom demais, será pisado. Se for ruim demais, acabará sozinho. Tudo te leva à tristeza, quando em extremo.
E o que podemos fazer, então, senão seguir o caminho do meio e continuar respirando dia após dia?

A Arte de Sonhar

Sempre tive sonhos. Sonhar é algo que faz parte de mim. Ao meu ver, uma alma sonhadora é mais válida que quinhentas almas sem sonhos, pois quem sonha acredita que as coisas podem mudar, motiva-se, emociona-se, ama. Quem não sonha, é apenas mais uma pessoa vazia de sentimento, pois não pode crer nas coisas que não vê, não pode lutar por aquilo que é minimamente difícil de acontecer. Não vive, por não acreditar que possa.
Sim, nunca escondi de ninguém que sou uma eterna sonhadora. E que mal há nisso, afinal? O fato de sonhar me faz tão absurda assim, ou sou apenas uma das poucas "almas iludidas" que não esconde isso de si própria, e principalmente, do mundo?
Não acho que sonhar seja errado. Sonhos te abrem portas, portas te revelam caminhos, e caminhos mudam sua história. Quando você não sonha, nada acontece. Fica parado na mesma monotonia, no tédio do sempre, pois se não sonha, não tem esperanças, assim como não tem objetivos. Corre em círculos, e isso, lentamente, vai te matando, de consumindo. Te deixa oco.
Então sonhe, pois sonhos são as únicas coisas que poderão te abraçar nos dias de tormenta. E até lá, você cria uma reserva. É melhor do que ser pego desprevenido e, no final, não ter motivos pelos quais sonhar.


Irreal Realidade

Não sou poeta, nem contadora de histórias. Não vivo pelos outros, nem por mim. Não sou pensante, não tenho paciência. Sou simplesmente eu.
Se as pessoas fossem mais reais, mais puras e menos falsas, talvez algo nessa vida valesse mais que a beleza. Talvez caráter, intelecto, bondade e outras coisas das quais você nem deve se lembrar tivessem mais significado. Talvez nem tudo fosse em vão, se de fato todos fossem mais reais.
Ao invés disso, você confia, acredita, quebra a cara. Convive durante muito tempo com quem pensa conhecer, e descobre que, depois de tudo, essa pessoa não era nada do que você pensava. Acredita, durante toda a sua vida, em algo fixo e seguro, e de uma hora para a outra, perde o chão, por que descobre que tudo era uma ilusão, algo sem valor.
De qualquer maneira, não importando os demais, não importando o que pensem, eu tento, dia após dia, ser eu mesma. Tento defender meu ponto de vista, acreditar em mim e em meus sentimentos, e acima de tudo, tento ser feliz nesse mar de bipolaridade que é a vida.
Quem sabe um dia eu consiga. Não dizem que quem insiste, algum dia alcança?

domingo, 21 de outubro de 2012

Aquela Criança Assustada

Me sinto como uma criança assustada nesse negócio de "amor". Vejo pessoas "amando" uma pessoa diferente a cada duas semanas, vejo pessoas que amam alguém durante toda a sua vida, e mesmo quando o amado não está mais por perto, continua em sua memória... vejo amores nascerem, amadurecerem e morrerem o tempo todo.
E é aí que eu penso: é isso que eu quero para mim? É esse amor inconstante, conturbado e sentimental que eu quero em minha vida? Não sei, realmente, se é vantagem sentir algo tão imprevisível quanto o amor é.
Vejo pessoas dizendo, o tempo todo, que só se é feliz quando se ama alguém. Isso quer dizer que, durante minha vida toda, minha felicidade dependerá de outra pessoa? Talvez a verdade seja que ela dependeria tão somente de mim, e que eu deveria forçar-me a amar alguém para poder ser feliz, como se, de fato, pudéssemos mandar no nosso coração e dizer "hey, coração, você pode, por favor, amar essa pessoa?" ou "você pode esquecer aquela pessoa, por obséquio?".
A verdade é que sim, eu sou uma criança assustada. Mal aprendi a amarrar os cadarços ainda, e já estou sendo obrigada a encarar a frieza do mundo dos amantes, amados e daqueles que dizem amar, dizem ser amados, mas na verdade não o são de maneira alguma.
Quem sabe, eu só não esteja preparada. Quem sabe eu seja sim uma criança assustada.

sábado, 20 de outubro de 2012

Expectativas

Eu sou daquelas pessoas que cria toda uma situação perfeitamente mágica em sua mente, e depois percebe que nada daquela merda vai acontecer. É realmente possível, e jamais é algo tão inimaginável, mas de qualquer maneira, não vai acontecer. Então eu choro, me fodo, sofro mais que nunca, e daqui a cinco minutos, já estou imaginando novamente uma cena de filme de Hollywood. As vezes, parece até que eu gosto de sofrer. Mas eu não gosto.
Sei lá, certas coisas são imutáveis em nós. Em mim, uma dessas coisas é minha extrema capacidade de imaginar o que seria o ideal a acontecer. Outra, entretanto, é dar valor demais a essa imaginação, depois, me decepcionar. É algo que nasceu comigo e, apesar de eu tanto lutar contra, provavelmente morrerá comigo. É parte de mim, não vendida separadamente. Deixou de ser acessório.
Algum dia, quem sabe, eu deixe de ser trouxa, de me iludir e, de muitas vezes, me humilhar. Talvez eu consiga conter minha expectativa pulsante no peito, e então aprenda a lidar com tudo isso, seja lá o que "isso" for. Só acho que essa é uma parte desnecessária de mim, que eu poderia simplesmente ignorar.
Será que algum dia me acostumarei? Sinceramente, eu acho que não.

Apenas Hoje

Apenas hoje, queria olhar para a lua e poder enxergar nela um futuro. Apenas hoje queria deitar-me na grama, aproveitar o silêncio do fim de tarde, pôr a cabeça em dia. Queria poder sentir melhor os cheiros, provar melhor os gostos e ver melhor os detalhes do que me rodeia.
Queria poder tirar apenas cinco minutos para respirar o ar puro de um campo qualquer, telefonar para os meus amigos apenas para dizer que os amo, pensar apenas em coisas boas, ser feliz até quando e onde puder.
Queria poder viver o agora mais que o antes, e ter a certeza de que o viveria menos que o futuro, se é que este algum dia chegasse. Ver os pássaros a voar por cima de minha cabeça, tatear com leveza cada pétala de cada pequena flor que encontrar pelo meu caminho, contar quantos passos dou da porta de minha casa até a beira da rua.
Queria, apenas hoje, poder fazer as coisas do meu jeito, essas coisas inúteis e sem valor. Coisas do tipo ver imagens em nuvens, fazer bem-me-quer, escrever um poema infantil na areia da praia, sentir o vento em meus cabelos e o sol em meu rosto. Queria sair pulando feito uma criança, cantar tão alto que minha garganta começasse a reclamar, dançar no meio da rua.
Queria parar de me importar com o que os outros dizem e pensam de mim. Queria poder mandar para o inferno quem nunca acreditou em mim, ou dar um tapa de luva naqueles que sempre me colocaram para baixo. Queria pular amarelinha, corda e elástico. Queria comer todo o chocolate que conseguisse, até não poder mais caminhar. Queria ficar meia hora pendurada no telefone com meus amigos, virar a noite na internet, aprontar, ser pega e aguentar os xingamentos dos meus pais, me dizendo que eu sou irresponsável demais.
Apenas hoje, queria parar de ligar para normas, circunstâncias e tabus, queria fazer tudo o que me desse na telha. Queria desistir de tudo, e voltar a tentar. Queria passar duas horas debaixo do chuveiro, queria gritar com tudo e com todos, queria poder ouvir duas mil vezes a mesma música, até enjoar.
Depois de tudo o que eu vivi, tudo o que vivo e o que possivelmente viverei, eu só queria, apenas hoje, ser feliz. Só queria ser eu mesma.
Hoje não. Quem sabe um dia.

Eu Não Sei Desistir

As vezes eu penso em desistir. E sim, quem não pensa? O problema é que, para mim, desistir é tão árduo quanto continuar, senão mais. Como abrir mão de algo pelo qual você tanto lutou, sendo que nem ainda o conseguiu? E se faltar muito pouco, se você estiver a apenas um passo de distância? Tudo sempre me parece o final, sempre parece como se eu estivesse chegando ao meu objetivo. Desistir torna-se impensável.
Mas o que eu devo fazer quando desistir parece ser a melhor opção, apesar de tudo? Quando vejo que essa incansável e interminável luta não vale mais a pena? Quanto cada passo para frente que eu dou me arrasta três passos para trás? Quando a confusão em minha mente, ao invés de diminuir, só aumenta mais e mais?
Quem sabe eu seja apenas mais uma covarde, tentando encontrar na desistência meu alívio. Ou, quem sabe, eu só não goste de sofrer. O fato é que, não importa o que eu sou, de onde venho ou para onde vou, sou simplesmente incapaz de desistir. Não lutei tanto para chegar aonde estou para simplesmente jogar tudo para o alto. Sou uma sobrevivente. Até quando, eu não sei. Só sei que, por enquanto, sobreviverei e permanecerei, serei persistente, e quem sabe um dia, tudo venha a valer a pena.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Momentos


Aprendi muita coisa durante minha curta estadia na Terra. Uma delas foi aproveitar cada momento como se fosse o único.
Cada risada, hoje trato como se fosse o diamante mais precioso. Cada amizade é como uma pequena vida que carrego em minhas mãos. Cada sorriso é como uma nota musical, todos eles compondo minha canção favorita, aquela que, um dia, será tocada em meu funeral.
É, eu sei, é um tanto poético, e talvez até um tanto macabro, pensar dessa maneira. Mas a verdade é que até as lágrimas tem um valor especial em minha vida, pois cada uma delas demonstra uma lágrima a menos para ser chorada, cada uma delas é um obstáculo que venci.
Sim, hoje valorizo cada pequeno momento, pois nunca se sabe se existirá algum outro, algum que se compare àquele. Mesmo por que, cada segundo que passa da sua vida é único, não volta, é um tempo perdido ou aproveitado, dependendo de como você encara sua vida. Se você passar seu tempo reclamando ou ignorando a sorte que tem, esse tempo será perdido. Agora, se aproveitares cada instante de sua vida, cada pequeno momento, cada nota de uma canção, jamais poderá reclamar de ter deixado passar algo que, depois, revelou ser importante demais para ter sido ignorado. Se isso acontecer, seu tempo terá sido vivido de verdade, terá tido importância, terá sido aproveitado.
Então não me venha com essa história de "a vida é curta demais para deter-se nos detalhes.". A vida só parece curta por que você ignora mais da metade dela, apenas preocupado com o ontem ou com o amanhã. Se der valor a cada momento, a cada instante, terá tempo suficiente para presenciar situações únicas e, no futuro, poder dizer que viveu sua vida da maneira mais profunda possível.
Ainda tenho muito o que viver, muito o que aprender. Ainda quero extrair de cada situação o máximo de lições possível. Mas parece-me que, passe o tempo que passar, nenhuma outra lição terá me sido tão única, verdadeira e importante quanto essa.
Por que cada momento é único, cada momento é especial. Se você ignorar esse momento, talvez não aja outro para ser aproveitado.

And So is This


Então é isso. Realmente, é o fim, como eu sempre achei que fosse. Temo dizer que sempre acreditei, sempre previ que isso fosse acontecer. Sei que é errado julgar o acontecido, sei que é errado dizer que fui sempre eu que tentei. Mas errado ou não, é verdade. Nada faz sentido, mas é verdade de qualquer maneira.
Nunca acreditei que fosse durar tanto tempo. Pensei se passageiro, pensei ser momentâneo. Me enganei. Só não me enganei no final. Este, eu já sabia exatamente como seria. Sabia quem sairia ferido, quem sairia ganhando. Sabia cada mínimo nuance. Era eu a perdedora, eu quem vacilava. Você... você é você, nunca se dá por vencido, nunca joga para perder. Te admiro por isso, é verdade. Mesmo que essa tua característica tenha conseguido ferir a mim.
Mas então é isso mesmo. Então eu posso me considerar vidente, vivente. Posso dizer que acertei, mas que também errei. Que, apesar de não ganhar, eu tentei. Posso dizer que sempre fui e sempre serei eu mesma, que nada nem ninguém vai me mudar... afinal, depois de tudo, nem você conseguiu.
No fim, eu sempre soube. Demorei para perceber, mas sempre soube. Em meio a essa confusão de ideias, de pensamentos, eu sabia o tempo todo. Sabia o que nos esperava, sabia o que era para ser.
No meio de tudo, era eu quem me perdia. Era eu quem tentava me iludir.

Tempestade


A vida anda corrida, anda parada, anda confusa. Não sei para que lado olhar, não sei para quem sorrir. Não conheço a ninguém, nem a mim. Está tudo um turbilhão, e eu me encontro de cabeça baixa, tentando me esconder da tempestade que está por vir. Sei bem os sinais: a alegria, a crença de que algo bom está por vir, a decepção, a confusão extrema... depois disso, vem a crise, e é dessa que eu me escondo.
Sei lá, isso tudo já aconteceu tantas vezes, que tudo o que eu queria era evitar que acontecesse de novo. Infelizmente, não sou capaz disso, não tenho forças para tal. Se já rastejo para tentar escapar dessa situação, como faço para evitar que ela ocorra? Não posso, sou pequena demais, frágil demais.
Estou longe de ser essa pessoa forte e determinada que tento parecer. Estou longe de comparar-me pelo menos um pouco com essa máscara de indiferença que assumo todos os dias. Estou longe de ser eu mesma, estou longe de pensar como esse alguém que eu finjo ser. Sou apenas, no fundo, mais uma alma sem auxílio, mais alguém com medo de ser julgada, de ter suas feridas expostas às traças. Sou um ser humano, e esse ser humano não pode evitar o inevitável, não pode mover montanhas para evitar que a tempestade se aproxime.
E ela está se aproximando. Tão lentamente, que chega a ser agoniante. Ao mesmo tempo que ela caminha à passos lentos em direção a mim e às pessoas a quem eu amo, eu tento proteger a todos e ponho minha cara a tapa. Ponho minhas mãos à palmatória, e frágil como sou, arrisco-me a encarar aquilo que, há tanto tempo, tento evitar, tento destruir.
Dessa vez, terei que encarar essa tempestade de maneira forte e decidida, ou, pelo menos, dar a entender que foi isso que eu fiz. Dessa vez, terei que lutar, perder, cair, ferir-me. Depois, quando a próxima tempestade chegar - e ah, ela chegará, pode ter certeza disso - talvez eu já seja forte o suficiente para poder proteger a todos e não ferir-me no processo.
E, como sempre, depois da confusão vem sempre a tempestade. Eu queria que dessa vez fosse diferente.
Mas é tarde demais para ser diferente. E essa não é a primeira, não é a última. É só mais uma.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

A Dor de Amar-te Mais

Olho para seu rosto e percebo que estou te perdendo, perdendo o que nunca foi meu. Queria poder culpar o mundo, o destino, qualquer um, mas não posso, pois sei que a única culpada disso tudo sou eu. É triste saber que estou te deixando ir, quando podia fazer tanto para impedir. Estou te deixando ir, estou te deixando seguir sua vida, esquecer que eu existo, se apaixonar ou não... estou te deixando livre. Livre de mim.
Queria ser capaz de falar o que sinto, o que deixo de sentir, minhas vontades e meus gostos. Queria poder te conquistar ao pouco, deixar o destino agir por entre nós dois, e quem sabe algum dia poder chamar-te meu. E ao invés de tudo isso, ao invés de tentar, eu apenas me escondo por trás de palavras, por que é o que eu sempre faço, é a única coisa que sou capaz de fazer. Sinto-me sem chão e a primeira coisa que faço é agarrar-me às palavras, ao meu diário pessoal que é esse blog. E nele digo tudo o que eu mais queria ter coragem de te dizer. Digo, por que sei que jamais lerá.
Dizem que, por falta de coragem, perdemos as maiores chances de nossas vidas. Provavelmente seja, e muito provavelmente, eu esteja te perdendo por isso. Quem sabe, se eu tivesse coragem para te dizer pelo menos metade de tudo, de todo o inexplicável e enigmático mundo de mim mesma, corresse menos risco de perder-te eternamente. Mas de que adianta, agora? Temos poucos meses, poucos encontros, poucos sorrisos... e daqui a algum tempo, muito pouco tempo, você irá embora, sem esquecer de que eu existo, por que na verdade não lembra nem agora, por que não faz diferença para você. Já eu, vou respirar fundo, contar até dez, cem, mil se necessário, e sorrir para todos, fingir que estou feliz, quando tudo o que queria era me encolher por debaixo das cobertas e chorar, chorar todas as mágoas que eu mesma me causei.
Tão perto e, ao mesmo tempo, tão distante. Você consegue se fazer presente, e ao mesmo tempo, nunca senti alguém tão longe de mim. E tua presença, essa tua doce e serena presença, jamais me passa despercebida, por que apenas eu reparo em ti, assim como queria que você, pelo menos uma vez na vida, reparasse em mim. Tua presença está sempre aqui, a inebriar-me o ser, mas ao mesmo tempo, sempre machucando-me mais do que tua ausência jamais faria.
O problema de tudo isso é que, apesar de todos os "mas", eu já estou viciada em você, na dor que me causa, na tua presença inebriante e na tua dor dilacerante, viciada em cada minúcia tua. Sou masoquista, eu sei, pois gosto de sofrer, gosto da dor que me causa, gosto de tudo isso. E ao mesmo tempo odeio. Amo amar-te, ao mesmo tempo que desejaria jamais ter te conhecido. Queria não sentir o que sinto, e ao mesmo tempo, tenho medo de jogar tudo para o alto e, algum dia, ter de viver sem tu dentro do meu peito. Peito meu, que bate incessante e exclusivamente por ti, embalado pelas batidas de teu coração, doce, puro e ingênuo coração.
E enquanto me escondo por trás de mais essas palavras, você se vai. Para longe, muito longe. Quem sabe para algum lugar onde eu não possa mais te ver. Chorarei, como tenho certeza de que tu não farás, afinal, quem partes é tu, não eu. Sofrerei, como tenho certeza de que tu não farás, afinal, quem ama sou eu, não tu. Fingirei sorrisos, fingirei felicidade, serei aquela garota sempre sorridente. Enganarei a todos, por sabe-se lá quanto tempo. A todos, menos a ti, menos a mim. No fundo de tua alma, sempre saberá que sofro só por ti, que morro só por ti. E eu, é claro, sempre saberei de toda a dor que vem de ti, e a usarei para erguer os pilares que sustentarão minha monumental falsa felicidade. Afinal, além da rocha, essa dor é a coisa mais permanente que já existiu. Pelo menos enquanto durar.
E enquanto durar, meu peito estará latejando. Latejando por ti, e apenas por ti.

Espectadora de Mim

Às vezes eu encaro tudo de longe e digo para mim mesma que tudo será diferente no dia seguinte. Acho que é fácil dizer que vai mudar, que você comanda sua vida e que amanhã será melhor. O problema é que nem sempre é. Quase nunca é. Simplesmente por que, no dia seguinte, eu não farei nada para mudar, e tenho certeza de que você também não fara.
Olho-me no espelho todo o dia e penso "o que é que eu estou fazendo da minha vida, afinal?". Sim, por que sentar em um canto e ficar assistindo a sua vida correndo em frente aos seus olhos, como mero coadjuvante de uma história que deveria ser apenas sua, é perder tempo. E é exatamente o que estou fazendo. Deixando para lá, sendo guiada pelo futuro, deixando acontecer. Esperando que algo impossível aconteça, esperando que algum milagre me mande para o lugar onde eu deveria estar.
E se hoje eu prometer que amanhã será melhor, que farei valer a pena, a verdade é que eu não o farei. Por que tenho medo, ou por que não levo fé em mim mesma, o fato é que não mexerei um músculo para mudar minha vida, e mais uma vez, ao fim do dia, tudo estará exatamente igual ao que era antes.
Queria eu, ser guiada como em uma dança, cada passo levando a um próximo, sendo guiada por uma doce melodia, movimentando-me ao ritmo quase mágico de uma música, sorrindo e chorando conforme a letra de uma canção, sendo feliz sempre. Quando desse o  primeiro passo, o próximo seria apenas questão de movimento, de um impulso. Como queria que o próximo passo em minha vida fosse apenas questão de impulso... não é. A força que eu necessito, a determinação... me sinto tentando mover montanhas, atravessando extensas e negras florestas, passando meses perdida no deserto. Nada dá certo, e após a dificuldade do primeiro passo, há sempre uma dificuldade igual ou maior para o segundo.
O fato é que me sinto caindo, uma lenta e dolorosa queda rumo ao infinito de emoções. Emoções ruins, emoções desgastadas, apenas aquelas que não queremos para nossas vidas. E se, ao olhar pelo espelho, se sentires livre para voar, deverá sentir-se sortudo, pois livrou-se das correntes que me acorrentam ao solo da minha vida. Meus rasantes jamais tornam-se voos, meus impulsos jamais tornam-se saltos, meu caminhar jamais me leva a lugar nenhum. Fico exausta, sozinha e fria de coração. E enquanto isso, os outros vivem. Os outros voam, saltam, dirigem suas vidas para novos rumos, e eu continuo os assistindo passar pela minha vida, enquanto sou psicologicamente amarrada ao meu eu de hoje, e provavelmente, meu eu eterno.
Só queria saber dar o próximo passo sem medo de cair, só queria saber que, quando eu dissesse que "amanhã eu mudarei minha vida", pelo menos uma vez, isso realmente acontecesse. Só queria ser algo além de fraca, frágil, desistente... talvez até um pouco acomodada, exausta. Queria ter forças para seguir em frente, para fazer acontecer, para seguir cada conselho que eu sismo em dar para as outras pessoas, para fazer valer o que coloco em meus textos. Queria ser forte o suficiente para lutar, não importando o fato de a guerra já estar praticamente perdida, apenas pelo fato de poder dizer que lutei até o fim.
Enquanto nada disso acontece, e como isso provavelmente jamais acontecerá, continuo com minhas promessas vazias de que, amanhã, farei acontecer, de que amanhã lutarei pelo que quero. Acho que é mais fácil assim, viver de mentiras, de teatros ensaiados. Afinal, é só o que posso fazer, acorrentada ao meu chão.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A Garota de Lugar Nenhum


Era uma garota de olhos azuis, do Sul da Carolina do Norte. Com seu lindo vestido verde e seu sorriso amarelo no rosto. Era ela, a doce e sensível garotinha de Manhattan, New Jersey, de Londres ou Tókio. Não importa de onde ela era, de onde vinha ou para onde ia. Nem mesmo a cor do vestido ou a roupa que vestia realmente importava. Tudo o que importava é que ela era uma garota como qualquer outra, e como qualquer outra, tinha um coração partido.
Aquele coração partido, cujas feridas latejantes a impediam de pensar, cuja dor não a deixava conter as lágrimas, cujas cicatrizes durariam eternamente... aquele coração partido a fazia ser quem era. E depois de um tempo, ela começou a viver apenas para ele, exclusivamente para aquele coração ferido e destruído, em ruínas por causa de tudo o que passara. E achava que era feliz, realmente achava... até ver que não era.
Como queria eu que aquela pequena garotinha não sentisse tamanha dor, mas era impossível. Ela já estava envolta demais em tudo aquilo, perdida em seu próprio mundo, trancada em seu casulo junto ao seu coração partido.
Durante meses ela chorou, sentindo-se fraca e acabada, vencida por obstáculos que ela nem ao menos fazia ideia de que existiam. Durante meses, tudo parecia encontrar-se em tons de cinza, e nada mais tinha aquela emoção que antes ocupava o lugar em seu coração onde agora estavam as feridas. Durante todo aquele tempo, tudo o que ela queria era alguém para curar seu coração ferido, fazê-lo sarar. Até que, em uma noite morna de primavera, o casulo rompeu-se, e a garota deu seu passo em direção ao mundo. O mundo que, agora, era todo seu. Seu, por que agora ela estava curada, havia curado a si própria sem dar-se conta, sozinha, apenas com a ajuda do tempo.
Mas o caminho até lá tinha sido longo, muito longo. Sofreu demais, sentiu demais, chorou todas as lágrimas que tinha... tudo aquilo para chegar àquele momento, para ter a chance de ver as cores do mundo novamente. E agora que estava lá, ela sabia que tudo tinha valido a pena, pois finalmente ela viveria novamente.
Por que corações partidos nunca mataram ninguém, e ela não seria a primeira.

domingo, 22 de julho de 2012

Crianças de Hoje, Adultos de Amanhã


Para onde esse mundo vai? Qual será o futuro  dele?
Qual será o futuro de um mundo onde crianças de onze anos ouvem funk, rebolam até o chão, vão para balada, dizem que vão "ficar" com todo mundo, se julgam namorando... Onde irá parar esse mundo onde crianças simplesmente já não são mais crianças, mesmo antes de crescer? Quais serão nossos adultos do futuro, se hoje já não existem mais crianças?
Novelas para crianças, "baladas" para crianças, roupa adulta versão infantil...  falta muito pouco para eu ver um motel dedicado exclusivamente àquela idade onde deviam existir apenas sorrisos, felicidade, pouca preocupação e muita inocência. Aquela Inocência doce, bela, que eu tive em minha infância, que você teve, que toda a criança tem... ou melhor, deveria ter, por que a cada cinco minutos, no máximo, você encontra uma criança falando ou fazendo coisas que a maioria de nós não fez antes dos treze, quatorze anos. Onde está aquela inocência tão essencial, onde está aquela essência do que é ser criança?
Sinto-me perdida nesse mundo, de verdade. Nunca, em meus doce onze anos, passou-me pela cabeça ir a uma festa para beijar um garoto qualquer, não me interessava por brincos grandes, maquiagens fortes ou esmaltes escuros, ainda queria brincar, queria ser feliz... meu último ano antes da transformação de criança para adolescente, e eu o aproveitei da maneira mais pura, mais natural: sendo criança.
Hoje você chuta uma pedra e sai uma menininha de blusinha pela metade da barriga e sainha curta, toda maquiada cantando funk. Em cada esquina há um garoto falando palavrão e cuspindo na calçada, se achando o maioral graças a atitude grossa e estúpida. Se você elogiar um, dar bom dia ou ser gentil, corre grandes riscos de ser xingado por não um, mas um grupo de crianças e seus amiguinhos tão grosseiros quanto o mesmo. Perdeu-se a doçura, perdeu-se a ingenuidade, perdeu-se até mesmo a educação. Perdeu-se tudo o que antes configurava uma criança.
Até meus treze anos, mais ou menos, eu não falava um só palavrão. Mandar alguém calar a boca, para mim, era algo inimaginável, eu me sentia envergonhada por fazer algo do gênero. As vezes penso que fui criança por tempo demais, por minhas atitudes sempre voltadas para a educação que recebi, educação que todos deveriam receber.
Hoje em dia as crianças já não respeitam, não importam-se em agir como adolescentes e como adultos, sem reparar na melhor época de suas vidas, que está esvaindo-se. Eles não estão curtindo essa fase tão gostosa de se viver, estão fazendo ela passar rápido demais. Quem de vocês não sente saudades da época em que sentava no tapete da sala para assistir desenhos animados e comer cereal de chocolate? Hoje o que as crianças estão fazendo é sentar na cozinha, fazer as unhas e assistir Big Brother e a novela das oito. Vocês não vem uma discordância entre a idade delas e suas atitudes?
Onde estão os pais dessas crianças, que não vem elas destruindo suas infâncias? Onde estão eles, que não impedindo elas de crescerem depressa demais? O que eles tem na cabeça, permitindo que seus filhos tornem-se adolescentes prematuros, com corpo de criança e mentalidade de jovem? E principalmente, o que devo esperar dos meus filhos, futuramente, vivendo em uma sociedade que só tende a ser pior a cada dia? Serei eu capaz de evitar que o contato com esse mundo poluído desvirtue minhas crianças e as crianças do futuro, cujos pais continuam a ter uma mente saudável e tentando, a todo custo, mantê-las sãs? Teria eu a capacidade de mantê-las ingênuas e doces como eu gostaria que fossem, tendo contato com a fase mais poluída e imunda do planeta? E os filhos deles, depois?
Só uma observação que vocês deixam de considerar por tantas vezes. as crianças de hoje, essas mesmas que criam facebook cedo, que ouvem funk, que se preocupam com aparência e namorados, serão os adultos do futuro. Irresponsáveis, talvez? Ou quem sabe, imaturos, tentando recuperar a infância que desprezaram desde tão cedo? Ou quem sabe, amargurados e insatisfeitos? O que se sabe é que esses adultos jamais serão realmente felizes, jamais ajudarão esse mundo decadente. Lembre-se apenas que adultos despreparados e pouco educados formam crianças ainda piores. É a lei da decadência humana, da retrocedência. É o homem retornando ao primata, tudo por causa da falha na educação das nossas crianças de hoje. Nossos futuros adultos.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Amizade


Às vezes nos perdemos na turbulência que a vida nos impõe. Deixamos de sorrir, deixamos de sentir. Parece mais fácil apenas desligar das coisas que nos fazem mal, por vezes até das que nos fazem bem, e simplesmente respirar, vez após outra, por que realmente não temos escolhas. Nos sentimos perdidos. Tudo o que precisamos é um simples abraço.
Por tantas vezes, pensei que fosse melhor desistir de tudo, simplesmente parar de me importar, por que como todos, eu sou um ser humano, ser humano errante, falho. Pareceu-me mais fácil de suportar a dor se fingisse que ela não existia, vivendo-a sozinha. Pois o que é a vida, afinal, se não momentos de dor?
E enquanto minha vida esteve rumando ao obscuro futuro, eu encarava assustada a perspectiva de não ter ninguém para me apoiar. Por algum minuto sequer, pensei que estaria sozinha. Como pude ser tão tola? Como pude pensar que haveriam vocês de me deixarem cair?
Com todas as minhas falhas, com todos os meus erros e defeitos, vocês me escolheram. Me deram a chance de ser mais que apenas outro rosto em suas vidas, me deram a chance de tentar ser importante, de fazer parte de suas vidas. Não importou para vocês tudo o que eu pudesse ter feito de ruim, vocês simplesmente me escolheram, como merecedora de uma chance. E fico feliz em saber que continuo em suas vidas.
Hoje sei que, não importa o que aconteça comigo, não importa o quão forte possa ser o medo que a escuridão me cause, não importa o quanto me sinta sozinha. Vocês sempre estarão lá, para me apoiar, para me fazer sorrir quando minha maior vontade é de chorar. Estarão lá para me fazer feliz.
Agradeço aos céus por vocês estarem em minha vida, por me permitirem estar nas suas vidas também. Isso por que jamais seria capaz de agradecer pessoalmente a vocês: faltam-me palavras para demonstrar tudo isso, demonstrar todo esse meu sentimento por vocês. Jamais conseguiria dizer o quão importantes vocês são para mim.
Não importe quantas curvas minha vida der, estejam certos de que meu coração será sempre um pouquinho seus, um pedacinho de cada um, e minha memória sempre voltará para vocês dia após dia. Pois amigos como vocês não são esquecidos: são preciosos demais para serem deixados para trás. São aqueles que caminham ao nosso lado.
Pode ser que, algum dia, estejamos tão distantes que não consigamos lembrar um ao outro de o quão bela é nossa amizade, de o quão maravilhosa ela é e sempre será. Mesmo assim, ela continuará brilhando em nós, pois a vida pode afastar as pessoas, mas não seus corações, quando realmente nos importamos um com o outro.
Enfim... poderia passar todos os dias de minha vida escrevendo sobre como vocês mudaram a minha vida para sempre, e como continuam mudando dia após dia, mas de que adiantaria se eu nunca seria capaz de ser completamente sincera? A maior parte desse lindo sentimento sempre ficaria dentro de mim, guardada, pois jamais conseguiria demonstrar tudo isso. É amor demais para poucas palavras.
Muito obrigada por tudo. Amo vocês.
Feliz dia do amigo.

sábado, 14 de julho de 2012

Primeiro Passo


Dê o primeiro passo. É o mais difícil, o mais gratificante. Depois dele, todo o resto não será problema, só basta a inciativa. E é dele que você se orgulhará durante toda sua jornada.
Se não houver iniciativa, se não houver o primeiro passo, como espera chegar ao seu objetivo? Como espera ser feliz se nem ao menos corre atrás? Sei que é difícil agir, muito mais do que falar, mas podemos tentar, não podemos? Mesmo por que, você rege sua vida, você rege os acontecimentos dela. É você quem tem que fazer acontecer, se tem mesmo certeza de que vale a pena.
Acredite quando digo que se você não der o primeiro passo, ninguém o fará. Você tem que ser a mudança, a iniciativa, o começo de tudo. A única coisa que começará sem uma iniciativa sua é um novo dia.
Nunca desista antes de tentar, nunca espere pelos outros, nunca esqueça de sorrir, mas principalmente, se realmente quer que algo aconteça, dê o primeiro passo. Eu sou humana como vocês, sei como é difícil, e passo por várias situações em que dar o primeiro passo me parece impossível. Mas e que tal tentar, pelo menos? Quem sabe nos surpreendamos com o resultado, no final do dia.
O fato é que o tempo anda a passar rápido demais, quase não vemos o dia indo embora, e passam-se os meses como antes passavam as semanas. Acabamos por nos sentirmos perdidos no meio de toda essa correria. E então, você fica esperando pelas atitudes de outras pessoas, a vida passa, e quando você vê, já é tarde demais. Se você tivesse dado o primeiro passo quando ainda era em tempo, quem sabe o que teria acontecido?
Não espere até ser tarde demais, muito menos deposite suas esperanças nas mãos de outra pessoa, por que pode acabar se decepcionando. Seja sempre você a fazer as coisas acontecerem em sua vida. Acredite em si próprio, sorria, tome a atitude para si. Tenha atitude, pois ela pode ser essencial, não só agora, mas por toda a sua vida.
Tente. Tome a inciativa.
Dê o primeiro passo. Ele pode ser decisivo para sua vida, mas acima de tudo, pode te fazer feliz.

Medo de Viver


Medo.
Tudo se resume a medo. Medo, inconsciente, indominável, irreparável. Esse medo que te fecha a garganta, te fecha os olhos, te fecha a mente. Que te deixa tonto, te tira do chão, te faz negar algo que é inegável.
Medo de que? De errar, de acertar, de viver, de morrer, de tentar, de conseguir, de falhar, de sofrer, de amar, de ser feliz. Medo do essencial e do recusável, do que te faz bem e do que te faz mal. Apenas medo, implacável e interminável.
Por que, afinal, sentimos tanto medo? Por que tememos coisas que nos fazem bem? Por que desistimos de tentar só por causa do medo? É algo que eu não consigo entender. Enquanto o tempo passa e a vida caminha, inexoravelmente, ao seu fim - pois isso acontece sempre, a cada segundo - nos escondemos por debaixo dos cobertores e trememos por causa da sombra que sai do guarda-roupa. Esquecemos de viver e nos concentramos nas coisas que nos assustam, e isso é ridículo.
Apesar de tudo, aqui está ele, o medo, nos impedindo de seguirmos em frente, empacando nossas vidas, atando nossos pés e mãos, nos deixado acorrentados. Não podemos progredir, pois temos medo.
O medo é algo que está e sempre estará presente em nossas vidas. Ele é bom, até útil, quando de maneira controlada. Mas quando é desenfreado, não serve de nada, a não ser te destruir. Afinal, de que serve uma vida se a perdemos enquanto nos escondemos no escuro e no calor debaixo das cobertas? Temos medo de morrermos, mas não aproveitamos a vida que temos. De que adianta, então?
Então pare de ter medo e viva a vida que tem pela frente, seja forte e encare seus temores, pois quando tudo acabar, verá que sua vida terá valido a pena, e que seus medos eram, em maioria, em vão.

Errar Nem Sempre é Ruim


Vejo todos ao meu redor fugindo de situações incertas, com medo de errar. Mas afinal, o que é errar?
Errar significa que você tentou, que você queria acertar, mas que infelizmente não conseguiu. Errar quer dizer que você aprendeu um pouco, cresceu, amadureceu. Significa que, provavelmente, passará a ver o mundo com novos olhos, com uma visão mais clara e limpa. Acima de tudo, errar mostra que você é humano.
E lá vai você, deixando de tentar, deixando de lutar pelo que quer, deixando de ser quem é, tudo por esse medo irracional de errar. Se não errar, como vai aprender? Se não errar, como vai saber quando acertou? Como vai valorizar seus acertos, se jamais tiver errado?
Então pare de medir cada ação sua baseada nas chances de errar, pois isso nunca te levará a lugar nenhum. Se te deteres sempre por pequenos erros, pequenas falhas, nunca viverá grandes vitórias e grandes sucessos.
A vida é feita disso, e nunca se alcançará o infinito sem se perder uma vez sequer. As lutas, as quedas, os momentos ruins... esses te farão chegar ao topo, te farão ser alguém melhor no futuro. O comodismo e o medo de errar só serão capazes de te deixar estático no lugar que está.
Errar é essencial. Sem erros não se aprende. E é preferível errar mil vezes e aprender alguma coisa em cada uma delas a acertar de primeira e não levar desse acerto aprendizagem nenhuma.

Repetições


O amor anda tornando-se um assunto tão repetitivo, tão manjado... Já não restam mais frases para serem montadas, todas já foram ditas, já foram repetidas... Estamos entrando em um momento onde tudo o que é escrito sobre amor é, inconscientemente, uma colcha de retalhos, retalhos de um texto ou outro, de uma canção de amor ou outra, todos com o mesmo significado.
Bem sei eu que é muito mais fácil escrever sobre amor do que sobre qualquer outro assunto, pois, quando trata-se de amor, as palavras simplesmente saem. Mas e de que adianta fazê-lo, se tudo o que temos é uma descarada cópia de outros já escritos, um pouco distorcidas e moldadas para parecerem originais? E isso não é uma crítica para a sociedade apenas, mas para eu mesma, uma humilde escritora de um blog esquecido, dedicado quase que exclusivamente ao amor. Sim, por que grande parte do que escrevo aqui, a significativa maioria, é dedicada exclusivamente a isso. E foi nisso que eu o transformei, inconscientemente: uma colcha de retalhos de frases feitas, de sentido desfigurado, esquecido, manjado. Foi mais fácil assim, foi o que eu decidi fazer, inconscientemente.
E enquanto eu estiver prestes a escrever qualquer coisa que seja, tenho certeza de que o assunto será amor, e continuarei nesse ciclo vicioso de cópias e pequenas modificações. O mundo gira, as coisas mudam, mas com certeza essa cópia de trechos e mais trechos continuará, pois o ser humano sempre será moldado para escrever sobre amor, falar sobre amor, viver de amor... é mais fácil, mais simples... quem sabe, até mais correto.
É, sobretudo, a vida. A nossa vida.

Pequenos Detalhes


Costumo ver coisas que outras pessoas não conseguem ver. Não sou maluca, não vejo espíritos, sou como qualquer um de vocês. O que vejo são coisas simples perdidas em um mar multicolor de ações impensadas.
Enxergo quando alguém olha para outra pessoa com aquela expressão de carinho, pensando se algum dia teria uma chance, e tendo certeza de que jamais tentará, pois prefere viver sem saber a ter suas esperanças destruídas. Vejo olhares amargos partindo de pessoas que, geralmente, exibem sorrisos doces em seus rostos. Vejo a timidez no olhar de quem parece ser mais desinibido, o medo do olhar do mais corajoso.
Vejo tudo o que normalmente não poderia ser visto, e não gosto disso. Simplesmente pois, por ver o que vejo, ignoro outros sinais, me iludo,  me engano. Isso tudo pois enxergo demais.
E mesmo vendo tudo isso, sentindo tudo isso, continuo sem conseguir entender a mim mesma, pois, cada dia mais, penso que sou uma metamorfose constante de inconstâncias, sou apenas o reflexo de algo abstrato, a vida exposta em uma tela branca.
Mesmo assim, mesmo sem conseguir ver as coisas mais óbvias, consigo reparar nos detalhes mais simples, mais banais, mais ignorados.  Consigo ver o arrepio na pele das pessoas quando ouvem a voz de quem amam, consigo ver a mentira estampada em suas feições quando todos juram que ele esteja falando a verdade, consigo ver o carinho em cada gesto de alguém, mesmo que ele tente passar-se por frio e indiferente.
Que tipo de pessoa sou eu, que mesmo vendo tanto sem querer, consigo ser iludida sem ao menos esperar?
Quem sabe eu mesma me iluda, nesse mar de inconstância em que estou imersa. Algum dia, juro, ainda me afogarei na inconstância que me cerca.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Será Que É Amor?


Meu problema é não saber se te amo. Acho que amar é algo forte demais, verdadeiro demais... seria isso a descrever o que sinto? E se fosse, o que eu faria, afinal? Até onde faz bem amar, sendo que você é o único que ama? Até onde vale a pena lutar por algo tão distante?
Queria poder dizer que te amo, mas ainda não sei o quão errado seria fazê-lo. Somos tão distintos, tão distantes... Nada parece dar certo, nada parece indicar que algum dia dará. Somos apenas duas pessoas cujos caminhos cruzaram-se uma vez, porém sabemos que não se cruzarão novamente no futuro. E eu só queria saber se te amo, para saber se devo esquecer-te.
Parece que, cada vez mais, o tempo custa a passar, e depois de um tempo você aprende a conviver com isso. Mas e agora, o que farei, sabendo que tudo o que eu tenho pode estar em suas mãos? Somos diferentes demais, não combinamos... e eu queria saber por onde começar, antes de saber onde irá terminar.
Enquanto nada acontece, enquanto sonhos são só sonhos e a realidade continua real, continuo tentando entender o que se passa nesse coração que não cansa de apanhar, continuo tentando entender esse sentimento pois, talvez quando eu descubra, consiga me ver livre dessa maldição que me arrasta para você.
Se não for amor, deixo que a vida siga em frente e leve esse sentimento de mim. Se for amor... bom, acho que terei de aprender a conviver com isso, não?

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Mais Um Dia


O dia terminou, você deitou sua cabeça na cama e não pensou sobre nada, ou pensou sobre coisas idiotas, sem ao menos tentar entender o que te aconteceu. Ganhou o presente ter um coração pulsante por mais 24 horas, e não aproveitou para nada. Não mudou sua vida, suas atitudes, seu humor. Apenas viveu sua vida monótona, queixando-se de ter derramado café na sua blusa ou do cara que estacionou o carro dele na tua vaga no estacionamento da empresa, e esqueceu de que você podia não estar vivo para ter presenciado cada momento desses.
Sim, parece um pouco dramático, e admito, é. Mas é a realidade, nua e crua, roçando em tua pele macia, causando-te arrepios, e mesmo assim, sendo por ti ignorada. Você viveu. Você teve a chance de aprender, de mudar, de amadurecer e envelhecer. Isso, em si, o que é senão uma dádiva? A dádiva de ter vivido mais um amanhecer, mesmo que não estando acordado para vê-lo?
Lembre-se que, com ou sem sua presença, coisas boas acontecem o tempo todo, assim como também acontecem as ruins. Então pare de queixar-se, levante a cabeça e olhe para frente. E acima de tudo, agradeça por ter tido a chance de viver aquelas experiências, aquelas mesmas às quais não destes importância, por que elas contam no final.
E lembre-se que, se não der valor ao que tem agora, talvez não viva o amanhã para fazê-lo. Não é melhor amar agora do que talvez jamais ter a chance de fazê-lo novamente?

domingo, 17 de junho de 2012

Sorria


Sorria, por que a vida não acaba em um tombo. Sorria para seus problemas, para suas soluções, para o cachorro do vizinho que não te deixa dormir à noite... sorria sempre, em qualquer situação, a qualquer momento e jamais deixe que nada, a não ser a morte, te tire esse sorriso do rosto. O sorriso é o melhor remédio, é aquele que te livra de todas as coisas ruins, e estar com aqueles que te fazem sorrir é essencial.
Sorria quando cair, e assim alguém usará seu sorriso para encontrar forças para levantar no futuro. Sorria para ser o exemplo de uma vida bem vivida. Sorria quando as coisas derem errado, por que assim terá mais disposição na hora de tentar de novo. Sorria, pois uma vida sem sorrir não faz sentido, é como uma vida sem amar.
Quem sorri atrai pessoas sorridentes para sua vida, e geralmente pessoas sorridentes são boas companhias. Procure amigos que não comparem seus problemas com os deles, mas que te façam sorrir, não importa o quão difícil esteja a situação em que te encontre. Procure alguém não que te ofereça músculos ou dinheiro, mas que te ofereça um belo sorriso toda a vez que te veja passar. Procure sorrir, pois sorrir jamais foi um defeito em pessoa alguma, foi apenas virtude, e sempre será.
E quando alguém chegar para você e rir, fazendo piadas da sua incrível capacidade de sorrir não importando a situação, sorria, para mostrar o quão medíocre e sem importância essa pessoa é. No fim, sorrindo, você viverá muito melhor do que quem passa a vida lamentando-se por erros que não podem mais corrigir.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Verdadeiro, Não Eterno

"O amor verdadeiro é eterno."
Jamais ouvi tamanha besteira em toda a minha vida.
Quer dizer então que qualquer amor que acabe um dia jamais foi real? Que a pessoa que deixou e amar jamais amou de verdade? Não sei se perceberam, mas estão chamando a todos de falsos. Um amor não precisa ser eterno para ser verdadeiro, mesmo por que, a eternidade não existe.
As coisas mudam, os sentimentos amadurecem, metamorfoseiam-se... e assim é, também, com o amor. Ele muda, se transforma e, tristemente, por tantas vezes, morre. Mas isso não significa que não era verdadeiro, apenas que não era ideal, não era para ser. Um amor verdadeiro é aquele que te invade, desde o fundo de sua alma, até o brilho no olhar. É aquele em que, estando a quilômetros de distância, um ainda consegue sentir o perfume do outro, enxergar o brilho nos olhos do amado. Um amor verdadeiro não pede nada em troca, apenas contenta-se com a felicidade do outro, por mais difícil que isso possa parecer. Mas ele não é eterno.
Sim, concordo que um amor possa durar por toda sua vida, imas isso não significa que todos os demais, mais imaturos e despreparados, não tenham sido verdadeiros. Eles foram verdadeiros enquanto duraram e continuarão o sendo depois, apenas não eram definitivos. O amor verdadeiro só dura enquanto ambos amam, enquanto aceitam os defeitos um do outro e aprendem a conviver com os mesmos. Esse sentimento termina no momento em que um dos dois deixa o outro em segundo plano, quando um dos dois muda de tal forma que aquilo não vem sendo saudável para nenhum deles. Então, esse amor vai mudando, e em determinado momento, a chama apenas apaga, para de queimar, de aquecer.
Não significa que não tenha sido real: foi real, enquanto você amou a pessoa, pois todo o amor, sendo sincero, é real. Ele só não foi eterno, e como disse, a eternidade não passa de um conceito errado que temos para um tempo indeterminado que, de tão longo ou de tão improvável, não pode ser estimado. Mas ser finito não é sinônimo de falsidade, pois se assim fosse, uma rosa seria tão falsa quanto o sangue que corre por nossas veias. O amor não é falso por que acaba, é falso por que um dos dois não amou sinceramente.
Portanto parem de dizer que o amor não era verdadeiro só porque ele durou menos do que o esperado. Agindo assim, você pode estar ferindo um coração que amou verdadeiramente, até o momento em que apenas o amor não era o suficiente para manter a chama acesa. Foi verdadeiro, foi imperfeito, foi real. Não foi eterno, mas e daí? Dinheiro, fama, bens materiais... nada disso é eterno e, mesmo assim, continuamos os venerando, dia após dia, como se fossem reis. Ninguém jamais disse que não eram reais.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Once Upon a Time...

Era uma vez uma menina infeliz. Não que ela não tivesse tudo o que precisava para ser feliz, pelo contrário, tinha uma vida desejada por muitos. Seu problema era amar demais e ter pouca coragem para falar de seus sentimentos.
Do outro lado da ponte que unia as duas cidades vizinhas, um garoto olhava para o céu, de maneira deslumbrada, reparando no azul intenso que o céu, privado de nuvens, exibia com orgulho naquele dia. Sua mente perdia-se na imagem da linda garotinha de vestido rosa, tão frágil e doce, que ele avistara andando no parque.
A menina, longe do garotinho, continuava a pensar no momento em que eles se viram pela primeira vez: no parque, enquanto ela caminhava e ele andava de skate. E mesmo tendo o visto apenas uma vez, ela sabia que ele era especial, de uma maneira misteriosa e mágica.
E aquela menininha, aquele garotinho, provavelmente nunca mais seriam os mesmos pois, independente das crenças e ideais de cada um, naquele exato momento, passaram a acreditar em amor à primeira vista. Afinal, se você é capaz de rejeitar alguém sem ao menos conhecê-lo, por que não seria capaz também de amar?
Não, definitivamente não era o tipo certo de amor, o mais inteligente e motivador... e sem dúvidas, era o que menos trazia um futuro junto a ele... mas aquilo não importava para ambos pois, naquele momento, eles amavam, sem desejar nada em troca... nem reciprocidade. Apenas amavam por amar, sem um motivo, sem uma lembrança, sem fantasmas do passado para atormentá-los ou felicita-los. E sem a certeza da reciprocidade, essa coisa tão inimaginável e inalcançável para ambos.
O final dessa história? Eles foram felizes para sempre, cada um vivendo suas vidas, criando suas histórias, sem nenhuma certeza de que seus futuros se entrelaçariam um dia. Se bem que, para sempre não existe, o que existe são momentos tão longos que chegam a parecer intermináveis, de euforia ou agonia. Digamos apenas, então, que enquanto for possível, eles serão felizes e que, quando os momentos difíceis chegarem - e acreditem, infelizmente, mais cedo ou mais tarde, eles chegarão - esses dois jovens apaixonados, agora não mais tão jovens e não mais tão apaixonados, seguirão com a cabeça erguida.
E mesmo estando longe daquele amor adormecido, aquele amor à primeira vista, tão puro e verdadeiro, continuarão buscando seu Happy Ever After. Isso por que são teimosos demais para deixarem-se vencer e desistirem de algo que tanto desejaram.
E que, com ou sem aquele primeiro amor, eles alcancem o "Felizes Para Sempre", pelo menos enquanto o "Para Sempre" durar.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Seja Você Mesmo: Aí Está a Perfeição.

Tente alegrar a todos, tente fazer a todos felizes, tende dar a eles o que querem... no final de tudo, terá se transformado em um monstro e não saberá mais quem você é, terá desperdiçado sua vida sem ao menos tê-la vivido. Tudo por que, em algum momento de sua existência, o que os outros pensavam começou a importar muito mais do que devia.
Chega uma hora em que agradar os outros já não vale mais a pena. Acredite, nunca ninguém estará completamente feliz com seu jeito de ser, nunca será o suficiente. Pode passar a vida toda tentando, buscando pela resposta e pela tal perfeição que todos desejam com tanto ardor... quando menos esperar, olhará para sí próprio e notará que jamais esteve tão longe da perfeição, pelo simples fato de que esta está sempre o mais próximo possível de quem realmente somos. Ser você mesmo, com seus defeitos e qualidades, com suas manias, com seus hobbies... é o mais perto da perfeição que você chegará. É aí que encontra-se a real perfeição: nas imperfeições.
E mesmo assim, continua gastando tua vida correndo atrás da visão que os outros tem de você, da crença dos outros sobre quem deveria ser e o que deveria fazer... não vê que isso não importa? No fim, quando mais precisar, esses mesmos que estavam te moldando já não estarão mais lá, e você terá que lidar sozinho com aquele em quem você se transformou, goste dele ou não... e acredite: na maioria das vezes, você odiará o resultado, simplesmente por que ninguém é feliz sendo quem, na verdade, não é.
Se você é um desses que preocupa-se com o que os outros pensam e que tenta sempre agradar a eles, só tenho uma coisa a dizer: Pare! Você é perfeito assim, do jeito que é. Ninguém jamais poderá dizer quem você deve ser, pois essa decisão cabe apenas a você. Ser cada vez melhor, sim, isso é algo bom. Apenas tenha em mente que, ao buscar melhorar sempre, você é a única pessoa que tem de aprovar o resultado. O resto, não importa quem seja, não tem nada a ver com sua decisão, pois quem vive sua vida é você. Seja feliz do jeito que é, não tente mudar, não tente ajustar-se... contanto que não prejudique as demais pessoas, você só tem a ganhar sendo verdadeiro consigo mesmo.
Você é perfeito, com ou sem a aprovação dos outros. Não mude por ninguém.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

I Have a Heart


Jamais serei aquela loira de olhos azuis, magrinha, de corpo esbelto e frágil, que tem um sorriso lindo e um olhar marcante. Jamais serei sarcástica, jamais serei extrovertida, jamais tomarei a inciativa. Jamais estarei nos padrões de beleza, serei popular, terei um milhão de amigos. Jamais bombarei na internet, terei um vídeo com milhares de fotos de amigos de presente de aniversário, jamais poderei dizer que minha vida é agitada. Eu jamais serei esse tipo de garota, pois esse tipo de garota não existe. Aquela que não se compromete, aquela que não sente nada... por trás dela, há sempre um coração partido. Afinal, a melhor maneira de evitar um coração partido é fingir que não tem um.
Não, eu jamais serei assim. Tenho um coração pulsante, tenho sentimentos, sou tímida e tenho defeitos. Eu não sou capaz de fingir não me importar, por que a verdade é que me importo demais. E enquanto essas garotas, essas falsas e manipuladas, que hoje são as mais amadas, continuam perambulando com essas suas poses idiotas e fúteis, eu fico no meu canto, esquecida, com meus poucos amigos sinceros e minhas dores mal controladas. Prefiro ser a dramática e emotiva a tentar esconder minhas mágoas e acabar me transformando em um monstro. Prefiro não estar nos padrões de beleza a ser alguém que não sou. Não, eu jamais faria algo do gênero.
No fundo, acho que sou apenas tola, e no final, quem acaba perdendo sou sempre eu. Mas deixa eu te dizer uma coisa: as aparências enganam, e eu, aquela que jamais é notada hoje, posso ser aquela que você corre atrás amanhã.
Mas enquanto as outras garotas agem como se não tivessem cérebro e põe tudo a perder, fingem não ter coração e magoam todos ao seu redor, eu, pelo menos, me esforço para fazerem as pessoas sentirem-se bem comigo e consigo mesmas, faço de minha companhia algo que valha a pena se ter.
Essa sou eu, é assim que sou, e não mudarei. Um dia, quem sabe, alguém ainda valorize o coração que sofre e que não é escondido por toneladas de frieza e sarcasmo. E eu continuarei eternamente preferindo chorar em frente a quem realmente se importa comigo do que sorris falsamente junto a quem conhece apenas meu nome.
Não sou e nem quero ser perfeita, não quero ser aquela que tem todos babando aos seus pés ou que acha-se o máximo por ter muitos amigos em uma rede social qualquer. Enquanto as garotas "perfeitas" continuam a enganarem-se, eu faço minha vida valer a pena, sem me arrepender jamais, pois sei que o que fiz me fez feliz... verdadeiramente feliz.
E elas continuarão escondendo seu coração, até que ele já não exista mais. Jamais serão felizes.