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sábado, 14 de julho de 2012
Medo de Viver
Medo.
Tudo se resume a medo. Medo, inconsciente, indominável, irreparável. Esse medo que te fecha a garganta, te fecha os olhos, te fecha a mente. Que te deixa tonto, te tira do chão, te faz negar algo que é inegável.
Medo de que? De errar, de acertar, de viver, de morrer, de tentar, de conseguir, de falhar, de sofrer, de amar, de ser feliz. Medo do essencial e do recusável, do que te faz bem e do que te faz mal. Apenas medo, implacável e interminável.
Por que, afinal, sentimos tanto medo? Por que tememos coisas que nos fazem bem? Por que desistimos de tentar só por causa do medo? É algo que eu não consigo entender. Enquanto o tempo passa e a vida caminha, inexoravelmente, ao seu fim - pois isso acontece sempre, a cada segundo - nos escondemos por debaixo dos cobertores e trememos por causa da sombra que sai do guarda-roupa. Esquecemos de viver e nos concentramos nas coisas que nos assustam, e isso é ridículo.
Apesar de tudo, aqui está ele, o medo, nos impedindo de seguirmos em frente, empacando nossas vidas, atando nossos pés e mãos, nos deixado acorrentados. Não podemos progredir, pois temos medo.
O medo é algo que está e sempre estará presente em nossas vidas. Ele é bom, até útil, quando de maneira controlada. Mas quando é desenfreado, não serve de nada, a não ser te destruir. Afinal, de que serve uma vida se a perdemos enquanto nos escondemos no escuro e no calor debaixo das cobertas? Temos medo de morrermos, mas não aproveitamos a vida que temos. De que adianta, então?
Então pare de ter medo e viva a vida que tem pela frente, seja forte e encare seus temores, pois quando tudo acabar, verá que sua vida terá valido a pena, e que seus medos eram, em maioria, em vão.
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