Páginas

sábado, 14 de julho de 2012

Repetições


O amor anda tornando-se um assunto tão repetitivo, tão manjado... Já não restam mais frases para serem montadas, todas já foram ditas, já foram repetidas... Estamos entrando em um momento onde tudo o que é escrito sobre amor é, inconscientemente, uma colcha de retalhos, retalhos de um texto ou outro, de uma canção de amor ou outra, todos com o mesmo significado.
Bem sei eu que é muito mais fácil escrever sobre amor do que sobre qualquer outro assunto, pois, quando trata-se de amor, as palavras simplesmente saem. Mas e de que adianta fazê-lo, se tudo o que temos é uma descarada cópia de outros já escritos, um pouco distorcidas e moldadas para parecerem originais? E isso não é uma crítica para a sociedade apenas, mas para eu mesma, uma humilde escritora de um blog esquecido, dedicado quase que exclusivamente ao amor. Sim, por que grande parte do que escrevo aqui, a significativa maioria, é dedicada exclusivamente a isso. E foi nisso que eu o transformei, inconscientemente: uma colcha de retalhos de frases feitas, de sentido desfigurado, esquecido, manjado. Foi mais fácil assim, foi o que eu decidi fazer, inconscientemente.
E enquanto eu estiver prestes a escrever qualquer coisa que seja, tenho certeza de que o assunto será amor, e continuarei nesse ciclo vicioso de cópias e pequenas modificações. O mundo gira, as coisas mudam, mas com certeza essa cópia de trechos e mais trechos continuará, pois o ser humano sempre será moldado para escrever sobre amor, falar sobre amor, viver de amor... é mais fácil, mais simples... quem sabe, até mais correto.
É, sobretudo, a vida. A nossa vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário