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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Once Upon a Time...

Era uma vez uma menina infeliz. Não que ela não tivesse tudo o que precisava para ser feliz, pelo contrário, tinha uma vida desejada por muitos. Seu problema era amar demais e ter pouca coragem para falar de seus sentimentos.
Do outro lado da ponte que unia as duas cidades vizinhas, um garoto olhava para o céu, de maneira deslumbrada, reparando no azul intenso que o céu, privado de nuvens, exibia com orgulho naquele dia. Sua mente perdia-se na imagem da linda garotinha de vestido rosa, tão frágil e doce, que ele avistara andando no parque.
A menina, longe do garotinho, continuava a pensar no momento em que eles se viram pela primeira vez: no parque, enquanto ela caminhava e ele andava de skate. E mesmo tendo o visto apenas uma vez, ela sabia que ele era especial, de uma maneira misteriosa e mágica.
E aquela menininha, aquele garotinho, provavelmente nunca mais seriam os mesmos pois, independente das crenças e ideais de cada um, naquele exato momento, passaram a acreditar em amor à primeira vista. Afinal, se você é capaz de rejeitar alguém sem ao menos conhecê-lo, por que não seria capaz também de amar?
Não, definitivamente não era o tipo certo de amor, o mais inteligente e motivador... e sem dúvidas, era o que menos trazia um futuro junto a ele... mas aquilo não importava para ambos pois, naquele momento, eles amavam, sem desejar nada em troca... nem reciprocidade. Apenas amavam por amar, sem um motivo, sem uma lembrança, sem fantasmas do passado para atormentá-los ou felicita-los. E sem a certeza da reciprocidade, essa coisa tão inimaginável e inalcançável para ambos.
O final dessa história? Eles foram felizes para sempre, cada um vivendo suas vidas, criando suas histórias, sem nenhuma certeza de que seus futuros se entrelaçariam um dia. Se bem que, para sempre não existe, o que existe são momentos tão longos que chegam a parecer intermináveis, de euforia ou agonia. Digamos apenas, então, que enquanto for possível, eles serão felizes e que, quando os momentos difíceis chegarem - e acreditem, infelizmente, mais cedo ou mais tarde, eles chegarão - esses dois jovens apaixonados, agora não mais tão jovens e não mais tão apaixonados, seguirão com a cabeça erguida.
E mesmo estando longe daquele amor adormecido, aquele amor à primeira vista, tão puro e verdadeiro, continuarão buscando seu Happy Ever After. Isso por que são teimosos demais para deixarem-se vencer e desistirem de algo que tanto desejaram.
E que, com ou sem aquele primeiro amor, eles alcancem o "Felizes Para Sempre", pelo menos enquanto o "Para Sempre" durar.

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