Quatro dias. Quatro dias, e aí tudo muda, tudo acaba. Exatamente da maneira como começou: no nada.
É isso que me leva a crer que meu coração foi feito para sofrer, feito para partir-se em mil pedaços, não importa a versão da história. Por que fui eu quem me iludi, o tempo todo. Criei expectativas, dei com a cara na parede, fui idiota... Sim, foi minha culpa esse tempo todo.
E o pior é que eu ainda desejo que tudo dê certo. Quatro dias antes do final definitivo, e eu ainda quero que tudo funcione, que milagrosamente, você perceba que foi tudo o que eu sempre quis.
Depois desses dias, depois do término disso tudo, não te verei mais. Talvez cruze com você numa rua qualquer, ou talvez nem venha mais a te ver. De qualquer maneira, sei que daqui a alguns meses, terei superado essa história e aprendido a viver com a sua ausência. Quem sabe, daqui a, sei lá, seis meses, eu nem mais me lembre de você mais que eventualmente. Quem sabe você não venha a passar de uma lembrança dos meus tempos de boba iludida. Mas se eu te encontrar, não importa quanto tempo se passe, não importa aonde seja ou com quem eu esteja, sei que vou sorrir. Sei disso por que sempre foi assim, mesmo antes de toda essa confusão mental começar. Eu te olhava e sorria. Sempre sorri com sua doçura, com seu sorriso, com a capacidade que você tem de me fazer vibrar por dentro. E não acho que algo que nasceu assim, tão primitivo e tão sem sentimento, possa se esvair completamente com o tempo.
Então espero que quando tudo acabar, feche os olhos e pense que teve, durante tanto tempo, alguém que sempre te quis, mesmo sabendo que nada jamais seria do jeito que ela queria. Alguém que sempre esteve disposta a estar ao seu lado, mesmo que você jamais venha a saber disso.
E perceba que eu sei de você, te conheço nos mínimos detalhes. O que você sabe sobre mim?
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