Sou estranha, sim. Estranha porque minha pizza favorita é a de brócolis, e porque eu sonho em ver o Fantasma da Ópera ao vivo. Porque leio, porque escrevo, porque respiro. Sou estranha porque curso na faculdade uma profissão que ninguém quer, escuto o que ninguém escuta, visto o que ninguém veste, sinto o que ninguém sente. Sou estranha porque não guardo as coisas para mim, e coloco para fora qualquer pensamento absurdo que me vem em mente.
Então sim, sou estranha, mas essa é a coisa que eu mais amo em quem sou. Tenho uma personalidade que não é pré-fabricada, nem sob-medida. Sou quem sou, e fim. Não quero ser igual a todos, já quis, mas não quero mais. Sei valorizar cada detalhe meu, mesmo os ruins, e o que mais poderia pedir?
Tenho orgulho de ter uma personalidade realmente única, porque o "normal" não cabe a mim, assim como nunca coube. Ser normal, para mim, é como aquele vestido que, de tão justo, não fecha. Quanto mais tento ser normal, mais o zíper emperra. Não me serve, não é do meu tamanho. A verdade é que eu sou grande demais para ser normal. Eu sou um Tamanho Especial em peculiaridades, um Plus Size de complexidades, um Extra GG em ser feliz. E adoro isso, adoro esse meu "tamanho grande" na arte de ser única; na arte de não ter vergonha de me conhecer, de admitir meus nuances. Sou Plus Size em autorrealização, eu confiança e em vontade de ajudar os outros. Sou Tamanho Especial em me erguer depois de um tombo, em seguir em frente e manter o sorriso superior a qualquer fracasso do passado, presente ou futuro. Sou tamanho 52 em amor próprio, e em orgulho de ser "estranha".
No fundo, acho que nunca uma "obesidade" foi tão bem vinda na vida de alguém.
E eu sou obesa em ser feliz.
Realmente magnífico <3
ResponderExcluirVocê que é magnífica, meu bem. Obrigada por todo o apoio. <3
Excluir