Um dia a vida acaba. Deus, ou seja como for que você chame
seu “ser superior” está sempre aqui para mostrar o quanto nossa vida é boa, e o
quanto devemos agradecer por ela, mesmo com todas as dificuldades.
Hoje vi uma mulher tento sua vida tirada pelas frias mãos de
um ganancioso, tudo por culpa do tão desejado dinheiro. Vi ela morrer, sem ao
menos ter a chance de se defender. Eu vi o ódio, a ganância e a frieza
presentes no som de uma bala de revólver. Eu vi a morte na imagem de um ladrão.
E o que vi hoje me fez pensar: como nos queixamos sem
motivos. Todos temos problemas, e às vezes esses problemas superam nossa força
de vencer. Mas será isso suficiente para fazer com que desistamos de tudo,
inclusive da gratidão?
A cada três segundos, uma pessoa morre em algum lugar do
mundo. E aí está o problema: nunca sabemos quando será o nosso terceiro segundo.
Se essa mulher soubesse que aquele seria seu terceiro segundo, provavelmente
ela tivesse se despedido de quem ama. Provavelmente ela teria dito “eu te amo”.
Talvez ela tivesse faltado trabalho, apenas para observar o céu, para cheirar
as flores. Talvez ela tivesse lembrado-se de viver um pouco mais, talvez ela
tivesse parado para pensar em seus atos. Talvez ela tivesse redimido seus
erros, relevado os erros dos outros, perdoado.
A lista de talvez é enorme e espantadora. Mas quem sabe não
esteja na hora de despertarmos dessa nossa corrida contra o relógio e vivamos
cada um dos “três segundos” de nossas vidas? Sim, por que se fizermos isso,
nossa vida terá valido a pena, no fim de tudo. Teremos aproveitado mais, amado
mais, vivido mais. Teremos tido a chance de perdoar a quem nos fez mau, a coragem
para nos aventurarmos e esquecermos de nossos erros ou a audácia de discutir
nossos ideais, sem aceitar todas as regras hediondas nos expostas dia após dia.
E assim, estaríamos felizes e preparados, para irmos
tranquilamente quando nossos três segundos chegassem.
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