Mas diferente de uma montanha-russa, na vida nunca sabemos quando haverá outra descida, como se estivéssemos envoltos por uma nuvem negra e não pudéssemos enxergar mais do que um palmo a nossa frente. E quando a descida vem (e ela sempre vem), somos pegos de surpresa, e não temos onde nos segurar, por mais brusca que seja a mesma. quando ela vem, não há nada a se fazer se não rezar para que tudo dê certo.
Mas como é boa a sensação da subida, e principalmente, a sensação de se estar no topo. Nos sentimos grandes, intocáveis, inatingíveis. Isso afeta nosso ego, o alimenta, e nos faz querermos sempre mais. Como jogadores em um cassino, não desistimos enquanto estamos por cima, não paramos até começarmos a perder tudo que conquistamos.
E como sair dessa montanha-russa, se tudo na vida se resume a ela? Se tudo se resume a altos e baixos? Se nada na vida faz sentido sem isso e se os momentos bons não são tão bons se não forem antecedidos por outro ruim? Afinal, que graça haveria uma subida sem a adrenalina de sabermos que a qualquer momento pode haver uma descida e sem termos vivido uma vez sequer a sensação de estarmos por baixo?
Sim, a vida é como uma montanha-russa. E se é assim, então, devemos saber aproveitar cada pequeno momento enquanto estamos no topo, afinal nunca se sabe quando enfrentaremos outra descida e nos encontraremos por baixo novamente.
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