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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A Nós Cabem as Mudanças

Engraçadas as experiências novas, as pessoas que entram na tua vida de um dia para o outro e que, no final, você sabe que não permanecerão, as coisas que se aprende a cada esquina, em cada canto... é irônico como o simples ato de  recusar-se a mudar é, por si só, uma mudança. Afinal, o ser humano é, desde nascido, mutável e imperfeito. Por que então teimamos em tentar renegar essa nossa essência? 
Mudar é a coisa mais certa e absoluta que se possa imaginar. A cada segundo, cada pequena célula do nosso ser sofre uma mudança, e essas mudanças são responsáveis pela vida que levamos, por cada pequeno gesto nosso, por cada momento em que podemos nos considerar existentes. Você foge das mudanças para manter-se no ponto seguro, no seu cantinho de paz, e mal percebe que essas transições são involuntárias, independem de você ou de qualquer mínima insistência sua. Vivo ou morto, respirando ou não, essas mudanças irão acontecer.
O ponto em que temos que nos deter é simples, sucinto: por que, ao invés de lutarmos, não transformamos cada pequena mudança em algo positivo e produtivo?
Para mim, de qualquer maneira, isso parece completamente adequado.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Escritores e As Críticas

Você escreve e as pessoas criticam, dizendo que é amargo demais, melancólico demais.
Sou sempre a favor de críticas, sempre acho muito dignas de serem recebidas, pois constroem quem você é e o que você escreve. Para uma aspirante a escritora como eu, críticas são o segundo melhor presente que alguém nos pode oferecer. Só que se percebe quando uma crítica tem teor construtiva ou quando é feita apenas para chacotear. No segundo caso, elas são completamente dispensáveis.
Digo isso por que sei como é escrever, sei que nunca agradamos a todo e que nunca desagradamos a todos também. Mas, justamente por ter essa intimidade com as palavras, sei que palavras doem, machucam e corroem a alma, quando mal empregadas. E é nessas vezes que você seria capaz de correr até não poder mais, só por perceber que, apesar de tudo, maldosos ainda fazem questão de tentar te derrubar.
Acho que escrever é algo que nem sempre é levado a sério, mas deveria. Afinal, é o que salva tantas vidas, o que nos recupera de tantos momentos que pensamos que fossem os últimos. Aconteceu comigo, e tenho certeza, com muitos outros além de mim. Por que então rir e fazer piadas fúteis e sem cérebro de coisas que podem nos salvar a vida?
Espero sinceramente pelo dia em que tudo que se escreve, por mais feliz ou dramático, por melhor ou pior, por mais real ou fictício que seja, tenha o devido valor no coração daqueles que podem valorizar. E daqueles que não podem, espero que nem seja lido. Melhor, afinal, um leitor a menos, que um leitor que só sirva para esfregar na sua cara, de maneira maldosa, cada vírgula que, por um descuido, deixou de ser escrita.
Esse tipo de leitor, garanto a vocês, é completamente descartável.