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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Não consigo pensar em mais nada. Nenhum livro, nenhuma série, nenhuma música me chama a atenção. Não consigo escrever, comer ou dormir sem que você se faça presente. É incrivelmente cômico como, de um dia para o outro, você deixou de ser imaginação e passou a ser presente.
Dói mais hoje do que há dois dias. Doerá mais amanhã do que há duas horas. Acho que esse aumento gradativo de dor é, em parte, graças à desconstrução de todas as muralhas que eu havia construído contra ti. Talvez porque hoje eu saiba que te amar é uma realidade muito mais presente do que um dia pude imaginar que seria. Quem sabe porque ainda lembro da sua risada, do seu tom de voz ou do seu sorriso contagiante. Ou, então, é apenas porque hoje, você é mais real do que nunca, e eu não posso mais fingir que você não existe.
Só peço que, por favor, me permita esquecer. Seja menos do que é, me magoe agora, mas me deixe esquecer, porque não posso passar meus dias lembrando de ti e, no fim, sofrer inda mais.
Me deixe esquecer. Por favor, eu imploro.
É só o que posso pedir.

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