Quem eu sou?
Sou aquela estranha viciada em café. Que gosta de escrever por que acha que isso a permite pôr para fora o que ninguém mais quer ouvir. Que cansou de procurar a beleza em si própria, porque percebeu que nem tudo pode ser totalmente belo, mas nem totalmente feio.
Sou aquela menina tímida do canto da escola. A da risada escandalosa e que passa vergonha mais constantemente do que qualquer outra pessoa. Que não sabe quando deve calar a boca, esquece da hora e fica vermelha por qualquer coisa.
Provavelmente, você já me viu por aí. Ou, pelo menos, deveria ter visto. É que, às vezes, eu passo um pouco despercebida, afinal, não tenho nada de tão especial. Quem sabe meu sorriso espontâneo seja mais verdadeiro do que muitos por ai, ou meus olhos brilhem mais intensamente diante de uma surpresa boa. Mas quem se importa com isso, quando nem ao menos me conhece?
E eu gosto de ser quem sou. Geralmente, é fácil ser eu. É cômodo colocar meus problemas em palavras escritas ao invés de discutir. Gosto de ouvir músicas que ninguém conhece, ou de gastar tanto tempo lendo que esqueço de fazer qualquer outra coisa. Me sinto bem dessa maneira. Querendo ou não, pareço singular.
Melhor do que ser aquela parte de um todo, que se difere dos outros apenas pelo manequim que veste.
E eu sei que sou exatamente quem deveria ser. O que mais poderia pedir?
Nenhum comentário:
Postar um comentário