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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Uma Xícara de Café Quente

Uma xícara de café quente, um bom livro ou algo para escrever. Música que soe bem aos meus ouvidos, sorrisos que me pareçam sinceros, amores que me consumam. Tão simples, tão sólido. Tão igual a tudo que espero do futuro, do presente.
Pequenos detalhes, quase insignificantes, sempre foram os que fizeram a diferença para mim. Coisas de poucos minutos. Um simples olhar carinhoso sempre foi suficiente para me fazer feliz, um abraço fora de hora sempre me fez delirar. Isso por que sei que tudo se resume, no final, a um pequeno instante, a um pequeno sentimento.
Ouvi dizer que não é apenas na grande construção que mora a felicidade de um lar, e que qualquer pequena cabana serve quando o sentimento é verdadeiro. E quem sabe seja verdade. Quem sabe, um pequeno gesto, vindo do coração, seja maior e mais precioso que o mais grande ato simulado.
É nisso que eu me baseio, é isso que eu espero da vida daqui por diante. Espero que a xícara de café quente me satisfaça, que um sorriso sincero me alegre nos dias frios. Espero que o mundo entenda que nada precisa ser tão complicado, que tudo pode resumir-se a apenas viver, e ser grato por estar vivendo cada dia mais.
E então, eu sei, cada pequena xícara de café quente significará muito mais, por que será ela o pequeno detalhe que mudará um dia inteiro.

Instável

Engraçado o tempo. Ao mesmo tempo que pode ser o melhor remédio, pode ser também a pior praga que alguém poderia querer. Isso por que ele influi mudanças, e mudanças podem pender para dois lados: ou você as ama, ou as ojeriza. Não há escapatória: é matar ou ser morto nessa máquina incessável chamada "relógio".
Acho engraçado porque as coisas andam ao nosso favor por tanto tempo que, às vezes, esquecemos que algo possa dar errado, até que, simplesmente, e sem aviso, tudo muda de lugar, e o que era bom já não é mais. É quando a gente perde o chão, perde o rumo. E é inevitável.
Esperamos, então, para que retorne ao rumo certo, para que possamos seguir com a nossa vida, para que o próprio tempo conserte aquilo que ele mesmo destruiu. E demora, como demora. Mas acontece. E o ciclo vicioso continua eternamente.
Quem sabe esses altos e baixos, sob a trilha sonora de tic-tac ininterrupta, sejam o motivo para vivermos, aquilo que faz nossa vida ter um real sentido. Quem sabe, sem eles, apenas respiraríamos, sem rumo, sem voz, sem razão.
Engraçado o tempo. Eterno curador, eterna perdição. Tão dúbio, indecifrável, obscuro. E, acima de tudo, tão precioso.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Antes tarde...

Acho que, agora, comecei a viver. Comecei a gostar de mim, comecei a ser feliz. A ver o mundo da maneira como deve ser vista: uma jornada, na qual cada momento é mais especial que o anterior, mais raro, mais finito.
Faltava um pouco de "reeducação psicológica" em mim. Um pouquinho de amor próprio e uma pitada de esperança, de saber que tudo sempre dá certo no final. Faltava ar para respirar; faltava eu ser eu mesma, sem me sentir culpada por isso.
Finalmente, depois de tanto tempo, as coisas parecem se assentar. Agora eu posso dizer que estou feliz como jamais pensei ser possível. Estou viva, vejo o mundo em cores.
No final, tudo se resumia a isso. Viver pelo simples amor a estar viva.