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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Take My Heart Back

Você o levou, e eu fiquei aqui, sentindo o vazio no meu peito. Por que o cedi para você, e ceder o coração é algo que devemos cuidar demais antes de fazer. Mesmo assim, eu o entreguei de mãos beijadas, sem ao menos saber se você realmente o queria. Agora sofro, e a culpa é só minha.
Poderia você devolvê-lo por favor? Ele faz falta. Enquanto estiver com você, é só em você que eu pensarei, é só com você que eu me importarei, te colocarei a frente de quem eu sou... eu só não quero que isso aconteça.
Parece que encontro-me em um paradoxo. Se por um lado eu preciso que meu coração seja novamente meu, por outro sei que o lugar dele é com você, esteja aonde estiver. Eu o quero de volta, mas ao mesmo tempo quero que fique com você, que você lembre de cuidar bem dele, lembre-se de mim...
Seria bom poder ter seu coração para ocupar o lugar vazio que o meu deixou... é uma pena eu saber que, por mais que meu coração seja seu, parece que o seu não será meu jamais. Isso chega a ser até um pouco injusto... Eu acho que realmente merecia esse voto de confiança de sua parte, não merecia?
Sinto-me despedaçada, e ao mesmo tempo, completa. Parece que toda essa dualidade é algo rotineiro em minha vida desde a sua chegada.
Seria você o certo ou o duvidoso? O caminho a se seguir ou aquele que eu deveria evitar? Às vezes acho que a resposta não interessa, afinal, fosse qual fosse, de qualquer maneira, eu escolheria você.
Mas se você quiser devolver meu coração, lembre-se de que eu não o entregarei novamente à você. Aproveite enquanto o tem ou esqueça que um dia ele foi seu.

Infantilidade

Estou lidando com crianças. As pessoas são quase adultos, cobram direitos de adultos, desejam a maioridade... e são nada além de crianças assustadas. Juro que, às vezes, ouço eles dizendo "lalalala, eu não estou te ouvindo" com as mãos nas orelhas. Vejo eles brigando por coisas banais, gritando por qualquer besteira, deixando de ouvir as opiniões dos outros... Bando de crianças!
Às vezes - quem sabe a maioria delas - me sinto em uma creche. O azar dessas pessoas é que eu não sei, e talvez jamais saberei, lidar com crianças. Já é difícil lidar com a minha irmã!
Cada vez mais eu percebo que talvez não tenha nascido para ser mãe. Mal conseguiria sobreviver dos 2 aos 12 anos do meu filho, imagina se ele fica crianção durante a adolescência? Eu vou a loucura, de verdade.
Desisti de tentar lidar com personalidades infantis que não conseguem levar nada a sério, não conseguem tentar entender os outros, tentar ver o outro lado da moeda... E depois ainda falam em "amadurecer"? Sinceramente, vocês são uns idiotas.
Sim, sou drástica, dramática, problemática, é difícil conviver comigo... mas pelo menos eu tento ser um pouco compreensiva e menos infantil.
Afinal, corpo de 20 e mentalidade de 2 não, né?

Mudanças

Eu mudei sim, mas não fui só eu. Todos mudaram, eu apenas me adaptei a essas mudanças. Cansei de deixar que me pisassem, cansei de colocar os outros acima de mim, cansei de tentar agradar a todo mundo e acabar odiando quem me tornei... Simplesmente cansei.
Chega uma hora em que você simplesmente desiste de fingir ser o que não é. Você vê que não vale a pena. O problema é que é difícil mudar hábitos que você vem mantendo a vida toda. Sim, por que a vida toda eu vim tentando agradar a todos, provar minha lealdade... Que se dane a lealdade, que se dane a aprovação. Tentamos carregar o mundo todo nas costas e ainda temos que nos preocupar com aprovação? Ridículo.
Eu mudei, sim. Você pode ter odiado a mudança, pode se queixar para o resto da vida, mas eu não voltarei a ser o que era. E se você se queixou, é por que sentiu falta do capacho que eu era antes, sentiu falta de alguém para fazer de "gato e sapato". Não, eu não serei mais aquela.
Doçura? Respeito? Carisma? Oferecer tudo isso para quem nunca te ofereceu nada? Tratar como realeza quem te trata como servo? Definitivamente recuso-me a viver desse jeito. Nada mais de deixar que os outros me calem, ficar quieta para as coisas com as quais sou obrigada a conviver, deixar de dar minha opinião por medo de as pessoas criticarem ou me julgarem por ela... Quer me julgar? Então julgue, vai lá! Você o fará mesmo que eu jamais tenha te atingido, mesmo que eu praticamente não exista para você... Por que a sociedade é assim hoje: jamais está contente, quer ver você mal por mais que você se esforce. Você nunca será bom o suficiente, acostume-se.
Eu só não viverei mais me escondendo na sombra de opiniões e ideais alheios, como se eu não existisse de verdade, como se fosse inútil e substituível. Isso não é viver, é mentir.
Sua opinião? Ela não me interessa nem um pouco. Por que eu sei que, se você realmente se importasse comigo, ia apoiar-me de qualquer maneira. Sua falta de apoio só me prova que eu estou tomando a atitude certa.
Ser desse jeito me agrada, me faz feliz. O que mais posso querer?

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Sempre o Duvidoso

Você só sabe trocar o certo pelo duvidoso. Por causa de um amor platônico e sem sentido, deixou para trás a pessoa que realmente te amava, que realmente te fazia feliz. Por causa de uma amizade falsa, que um dia pareceu ser mais importante, deixou para trás seus verdadeiros amigos. Por causa de uma ilusão boba, de uma falsidade, deixou para trás as pessoas que realmente importavam-se com você... Na verdade, você faz isso tão constantemente que já virou rotina.
Não te assusta saber que, talvez algum dia, quando perceber todos os erros que cometeu, seja tarde demais para voltar atrás? Não te amedronta saber que o amor possa ter acabado, que a amizade possa ter sido afetada, que as pessoas possam ter parado de se importar?
Mas você é tolo demais para perceber o que está fazendo, não é? Você gosta de iludir-se, de estar sempre nesse teu mundinho de mentiras... Isso é ridículo, talvez até lastimável. E algum dia, quando você arrepender-se de seus erros, terei dó. Dó pois saberei que não conseguiria voltar o tempo, mesmo que quisesse.
Então pense. Pense se é vantagem deixar tudo para trás, pense se é vantagem trocar o certo pelo duvidoso, prender-se apenas em sonhos... E se resolver optar pelo duvidoso, tenha certeza de que, se este não der certo, corre o risco de, ao tentar retomar o que você antes tinha, já não o tenha mais. Afinal, as coisas boas da vida não esperam para sempre.