Sou sempre a que se doa para os amigos, que esquece de si própria, que sempre acaba sendo passada para trás. Sou a primeira a ser lembrada no momento da necessidade e a última no momento de comemoração. Já me acostumei com isso, e acho que, uma hora ou outra, a gente sempre quebra a cara quando confia demais nos outros.
Quem sabe o problema é que eu seja tão boa e dedicada que acabe deixando que me pisem. Logo, vira rotina, e ninguém mais lembra que, por dentro dessa casca grande, há um ser humano frágil, que também precisa de alguém em quem confiar.
Sei lá... só cansei. Acho que um ano inteiro é muita informação para guardar na cabeça, e uma hora ou outra, a gente acaba explodindo e percebendo o quão desigual tem sido a doação de cada parte em uma relação, mesmo que em uma amizade. E eu só cansei de ser a parte menos importante dessa equação.
Se for para ser descartável, prefiro simplesmente não ser.
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