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terça-feira, 15 de abril de 2014

Tempo

Já diz Luis Fernando Veríssimo, "para os amores impossíveis, o tempo". Só o tempo. Tempo para esquecer, para superar, seguir em frente. Para amar melhor depois de perceber que não é para ser. O tempo necessário para se perceber que nem todas as coisas tolas serão capazes de fazer com que se concretize, e que às vezes querer não é o suficiente.
Talvez o amor não seja impossível, de qualquer maneira. Mas quando ele soa como café frio pela manhã, sabemos que algo precisa ser mudado. E esse algo é o tempo. Queremos tudo para agora, para hoje, no máximo amanhã, e isso acaba nos fazendo jamais ganhar. Porque as coisas precisam de tempo para acontecer, tanto no amor quanto na dor.
E, para os amores impossíveis, o tempo. Tempo para deixarem de ser impossíveis. Para se transformarem em reais, ou simplesmente deixarem de existir. Quando estiverem no passado, as lembranças restarão, mas não haverá a necessidade do tempo. Porque, para o passado, o tempo já não é mais importante. O que contam são os segundos em que sorrirmos. Mas só podemos começar a sorrir a partir de agora.

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