Páginas

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Mais Um Para o Esquecimento

Escrevo tantas coisas que jamais serão lidas... palavras que se perdem no vento, sem início, meio e fim. Frases desconexas que fazem sentido só para mim... não entendo essa compulsão que tenho de pôr tudo para fora em palavras, como se isso aliviasse um peso enorme em mim. E alivia, momentaneamente.
Queria algo que durasse mais que uma noite. Queria sentir-me saciada, livre e leve por mais do que apenas poucas horas. Uma solução definitiva para essa força que me empurra para o chão tão completamente e que só para de agir quando eu jogo em palavras as coisas mais absurdas que se passam em minha mente.
Devo agradecer pelos meus textos não lidos. Desconfio que o mundo não me compreenderia se essas palavras fossem lidas. Eu seria apenas mais alguém sem rumo para a própria vida, e aliás, é exatamente isso que sou. Mas é maior, mais complexo. Sou uma alma sem consolo, com as palavras como porto seguro. E se o mundo não quer me compreender ao lê-las, ele que não as leia.
Se bem que eu não nasci para ser compreendida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário