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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Não Era Para Ser


"Você ainda lembra de mim?" você me perguntou, quando me viu novamente. E como não lembraria? Seu sorriso encantador, sua felicidade, sua maneira fofa de ser... Impossível esquecer. O que me impressionou foi o fato de você lembrar de mim, depois de todo o tempo, depois de tudo.
Será que era para ser? Será que devíamos ter insistido?
Parecemos nos chocar tão constantemente, como se o mundo conspirasse por nossos encontros. E cada vez que estamos em um mesmo lugar, impressionantemente, nos encontramos, e então volta a tona tudo que já havia sido enterrado. E em um oi apenas, tudo acaba, e saímos de lá da mesma maneira como chegamos.
Percebeu que não damos chances um para o outro? Nos fechamos quando estamos juntos, sempre presos em nós mesmos... e o tempo passa, e cá estou eu, quebrando meus paradigmas, variando uma vez apenas, deixando de escrever sobre ele para escrever sobre você. Por que, por mais que diga que não, você merece isso. Merece minhas palavras, meu esforço. Por mais que não saiba, você é especial, de uma maneira absurda e estranha.
Cá estou eu, fazendo por você o que faço por poucos, e sabendo que você nem ao menos se importa. Lembra de mim, lembra de meu nome, lembra de quem eu sou... mas por acaso lembra-se daquela primeira sensação? Lembra-se da nossa conversa, nosso primeiro contato, onde comentei que nem sempre são as primeiras impressões aquelas que ficam? Começo a pensar que, naquele momento, eu estava redondamente enganada. Minha primeira impressão sobre você manteve-se e, em poucas palavras trocadas raramente, foram confirmadas mais e mais, até não restarem mais dúvidas. Queria saber qual foi sua primeira impressão e, mais do que tudo, se ela manteve-se.
Mas de tudo, o que mais me intriga é: será que, após cada reencontro nosso, ficas a pensar assim como eu, refletindo sobre o que foi e o que poderia ter sido? Será que, cada vez que depara-se com minha foto, fica pensando em conversar, gastar tempo, só para me conhecer um pouco mais? Afinal, somos tão distantes, tão desconhecidos...
Talvez não fosse mesmo para ser, talvez tudo não passasse de expectativas e sonhos bobos de uma menina inocente demais, jovem demais, refletidos em uma garota mais velha, mas não necessariamente mais madura.
Se era pra ser, já teria sido. O futuro nos aguarda, e ainda rezo para que, para ambos, não importa a situação em que nos encontremos ou a distância que nos separa, este seja brilhante e iluminado. Por que sei que você merece, e acho que eu o mereço também.

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